Entre 21 de Dezembro e 5 de Janeiro, a Junta de Freguesia dos Olivais vai estar muito vazia. Actividades canceladas, pais perplexos.
Os funcionários públicos vão ter, como habitualmente, tolerância de ponto nesta época festiva: nos dias 24 e 31 de Dezembro não precisam de trabalhar.
Mas na Junta de Freguesia dos Olivais, em Lisboa, não haverá 2 dias de tolerência: serão 7 dias de tolerância entre 21 de Dezembro e 5 de Janeiro.
Ou seja, ao longo das próximas duas semanas, contando a partir deste sábado, um funcionário daquela Junta só precisa de trabalhar um dia; ou 27 de Dezembro, ou 3 de Janeiro – ambas sexta-feira. Tem quase duas semanas de férias.
“São pessoas que mostram uma grande dedicação, trabalham, muitas delas, de sol a sol, e, por isso, merecem este reconhecimento. No fundo, é uma demonstração de carinho para com eles, uma homenagem”, justifica a presidente Rute Lima, no jornal Público.
Rute Lima também tem noção de que os funcionários públicos têm trabalho e mais e um “vencimento baixo”; assim, esta é uma forma de serem compensados porque “durante todo o ano, trabalham muito e, muitas vezes, em prejuízo das suas famílias, sem receberem horas extraordinárias”.
Esta paragem prolongada é “normal”, continua a presidente – na Páscoa e no Carnaval também há mais dias de tolerância do que o habitual.
A Junta de Freguesia dos Olivais envolve 260 funcionários. A presidente assegura que nenhum serviço essencial será prejudicado, como higiene urbana e refeitórios de escolas.
No entanto, há pais que ficaram perplexos: já tinham inscrito crianças em actividades promovidas pela Junta, nessas duas semanas, e agora essas actividades foram canceladas. Vão ter um reembolso em Janeiro.
E ainda se queixam que o país está falido? Funcionários públicos a receber por inteiro sem trabalhar?
Tentem isso numa empresa privada. E se não estão satisfeitos como empregados públicos, podem sempre montar a sua própria empresa a ver o que é bom para a tosse.
Agora entendo o porquê de passarmos a ter um maior numero de freguesias. é que trabalhos árduos como estes são muito apetecidos pelos boy’s do sistema político implantado a 50 anos
Todos que trabalhamos no privado estamos perplexos. E sim também nós com muitos dias de sol a sol e muitos pelo salário mínimo nacional sem o conforto de saber se ainda existe trabalho no mês que vem. Afinal de contas quem paga os salários da função publica somos nós os que trabalhamos no privado e no dia 24 andamos que nem doidos para chegar a tempo à consoada onde nos espera com cara de gozo os que trabalham na função pública e que tranquilinhos da vida se fizeram à estrada pela manhã ou dia anterior…