Discurso forte do presidente da Assembleia da República levou-nos à psicologia. “A pior altura da vida parece ser entre os 20 e os 30 anos”.
“Temos mais palavras para o que está mal do que para o que está melhor”.
“Preferimos muitas vezes discutir mais do que dialogar. Preferimos contestar a aplaudir, aplaudindo em vez de celebrar – e quase sempre de forma dramática”.
Palavras de José Pedro Aguiar-Branco (enquanto Marcelo Rebelo de Sousa, ao seu lado, estava sempre a espreitar para o discurso) na sessão solene do 25 de Novembro.
O presidente da Assembleia da República, que parecia psicólogo, deu vários exemplos do que queria dizer.
Discutimos a publicidade na RTP, mas já ninguém se lembra dos tempos em que nem havia liberdade de imprensa.
Discutimos a falta de investimento no serviço público de saúde, mas já ninguém se lembra de quem havia Serviço Nacional de Saúde.
Discutimos o IRC, mas a economia de mercado e a liberdade de iniciativa estão garantidos.
Ou podemos discutir as cores dos boletins de vacina, mas temos igualdade de direitos na lei.
Entre outras, Aguiar-Branco estava a sugerir uma pergunta: porque nos lembramos mais dos momentos negativos, das coisas más?
Há uns anos, o The Washington Post perguntou aos seus leitores quais eram as suas memórias mais presentes. Respostas: “Sentar-me no chão da casa-de-banho quando o meu pai morreu”, ou “Fui forçado a fazer algo que eu não queria fazer”, ou “Quando estava quase a cometer suicídio”.
Muitos estudos confirmam que nos lembramos mais facilmente de experiências negativas.
A psicóloga Laura Carstensen admite no jornal que há raízes evolutivas nesta tendência: “É mais importante para as pessoas, para a sobrevivência, reparar no leão no mato, do que na bela flor que cresce do outro lado da rua”. É uma questão de sobrevivência.
Há uma vertente positiva: aprendemos. O que fica lá no cérebro após situações difíceis ou perigosas pode servir para aplicar esse conhecimento quando a situação se repetir, ou outra semelhante aparecer.
A idade também é um factor. Numa frase que pode surpreender: “A nível emocional, a pior altura da vida parece ser entre os 20 e os 30 anos”.
E sim, são os mais jovens que se lembram mais de momentos maus. As emoções negativas são uma “competência da juventude”.
“Pensamos que o que acontece nisto da idade é que os mais jovens, por terem um futuro longo e nebuloso, precisam realmente de recolher muita informação. E, por isso, lembram-se de muitas coisas que possivelmente os ajudarão a gerir esse futuro”, justifica a psicóloga.
Depois vamos envelhecendo e conseguimos mais viver o presente – “E assim, focar-se na informação positiva faz com que o presente seja agradável”.
Simplificando: as pessoas mais velhas vivem melhor o momento e desfrutam mais do que está à sua volta.
Sem esquecer que, tal como gostos ou rotinas, as nossas memórias estão em mudança e evolução constantes.
E sem esquecer que as memórias são falíveis. As memórias de longo prazo “estão quase sempre erradas.”
ai que fica no cerebro, fica o TRAUMA! O Trauma destes politiqueiros Anti-Fascistas, os tais que se chamam de “Democratas” mas na verdade andam à caça do Dinheiro do Povo para meterem ao bolso. TRAUMA , Anti-Fascistas da gaita.