Banana colada numa parede custou 6 milhões de euros. O novo dono disse que a vai comer

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Sotheby's

“Comedian”, de Maurizio Cattelan, em Leilão na Sotheby’s

Banana mais cara do mundo é uma obra de arte chamada “Comedian” e já foi comida duas vezes. Agora, foi comprada por um empresário de criptomoedas por 5,9 milhões de euros.

A obra “Comedian” (traduzido, “Comediante”), do italiano Maurizio Cattelan, que consiste numa banana presa a uma parede com fita adesiva, foi vendida em leilão em Nova Iorque por 6,2 milhões de dólares (5,9 milhões de euros) a um empresário de criptomoedas.

De acordo com as agências internacionais, o comprador foi o fundador da criptomoeda TRON, Justin Sun, que adquiriu um certificado de autenticidade que lhe permite colar uma banana à parede e chamar-lhe “Comedian”.

As licitações começaram nos 800 mil dólares e, em minutos, dispararam para dois milhões de dólares, depois três, quatro e mais, levando o anfitrião, Oliver Barker, a dizer “não a deixem escapar”.

“Não percam esta oportunidade. São palavras que nunca pensei dizer: cinco milhões de dólares por uma banana”, afirmou. O valor da licitação final foi 5,2 milhões de dólares, a que acrescem cerca de um milhão em comissões e taxas, de acordo com a Associated Press (AP).

Num comunicado, igualmente citado pela AP, o comprador disse que esta peça “representa um fenómeno cultural que estabelece uma ponte entre os mundos da arte, memes e a comunidade das criptomoedas”.

“Nos próximos dias, vou pessoalmente comer a banana como parte desta experiência artística única, honrando o seu legado na história da arte e na cultura popular”, afirmou Sun.

De acordo com a leiloeira Sotheby’s, este foi o primeiro leilão da provocadora e célebre obra do artista italiano Maurizio Cattelan, apresentada pela primeira vez em 2019 na feira Art Basel, em Miami, nos Estados Unidos.

Kim Kyoungtae / Maurizio Cattelan / Leeum Museum of Art

“Comedian”, por Maurizio Cattelan

Desde que foi exibida pela primeira vez em 2019 no contexto de uma feira, e vendida por cerca de 120.000 dólares, “Comedian” transformou-se num acontecimento global que teve um enorme impacto “na consciência cultural contemporânea”, referiu a leiloeira em comunicado.

Simultaneamente ridicularizada e elogiada, a obra levou a uma reflexão, entre críticos de arte, artistas e público, sobre o valor da arte contemporânea, mas também foi comida – a banana —, pelo menos em duas ocasiões.

Em 2023, foi comida por um estudante sul-coreano, Noh Huyn-soo, que disse estar “com fome”, depois de “não ter tomado o pequeno-almoço”. Aos jornalistas, Noh Huyn-soo disse mais tarde que encarava o trabalho de Cattelan como uma “rebelião contra a autoridade”.

Pode haver outra rebelião contra a rebelião. Danificar uma obra de arte também pode ser visto como uma obra de arte”, justificou o estudante sul-coreano.

Em 2019, quando a exposição de arte “Comedian” foi apresentada pela primeira vez ao público, em Miami, o artista norte-americano David Datuna fez o mesmo na cerimónia da abertura. A peça acabou por ser vendida por cerca de 120 mil euros.

 

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“Comedian” foi o primeiro trabalho de Maurizio Cattelan a figurar numa feira de arte em mais de 15 anos.

Nascido em Pádua em 1960, Cattelan vive e trabalha em Nova Iorque, tendo alcançado notoriedade com “A Nona Hora”, uma estátua de cera do Papa João Paulo II atingido por um meteorito, exibida em 1999 na Kunsthalle Basel.

Entre outras obras de destaque, Catellan substituiu, em 2016, uma sanita do museu Guggenheim por uma réplica de ouro, disponível ao público.

ZAP // Lusa

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5 Comments

  1. É só rir! Para começar, temos um “empresário de criptomoedas”!? Depois, uma banana que , pelo que é dito, se come várias vezes. Finalmente, o preço da dita. Confesso que tenho inveja do gajo que gastou uma fortuna na banana – não pelo que fez mas pelo poder financeiro que tem.

  2. E por esta e por outras que tenho certeza que a raça humana está condenada… Como dizia o puto dos filmes Terminator: “We are not gonna make it, are we?”.

  3. Ito é um exemplo triste de alienação. Se um qualquer “influecer” se lembra de chamar “arte” a um cagalhão, O rebanho compra a idéia, sem qualquer dúvida.

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