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Obama saúda “acordo histórico” sobre nuclear iraniano

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Scout Tufankjian for Obama for America / Barack Obama / Flickr

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

O Presidente dos EUA, Barack Obama, saudou esta quinta-feira a conclusão de um acordo “histórico” sobre o programa nuclear do Irão que será objeto de “inspeções sem precedentes”, na sequência do acordo anunciado pelos negociadores.

“Hoje, os Estados Unidos, com os seus aliados e parceiros, concluíram um acordo histórico com o Irão que, se for plenamente aplicado, impedirá a obtenção da arma nuclear“, declarou o Presidente norte-americano durante uma declaração na Casa Branca.

O Irão deu o seu acordo para um regime de transparência e às mais intensas inspeções até hoje negociadas na história dos programas nucleares”, adiantou, numa referência à conclusão da maratona negocial que decorreu entre as seis potências e o Irão em Lausana, na Suíça.

Obama sublinhou ainda os esforços efetuados por Teerão no acordo de princípio assinado na cidade suíça. “O Irão preencheu todas as suas obrigações. Eliminou as suas reservas de material nuclear perigoso. E as inspeções do programa nuclear aumentaram. E prosseguimos as negociações para tentarmos alcançar um acordo mais completo”, disse.

O chefe da Casa Branca revelou ainda que iria telefonar ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após o anúncio deste acordo.

Antes, e ao pronunciar-se sobre este acordo de princípio, Netanyahu voltou a exigir uma “redução considerável” das capacidades nucleares de Teerão, enquanto o ministro dos serviços de Informações israelita, Youval Steinitz, afirmava que a opção militar permanece em vigor para o seu país face à ameaça de um Irão na posse da arma nuclear.

Obama também informou que contactou com o rei Salmane Ben Abdel Aziz, da Arábia Saudita e anunciou uma cimeira com os países árabes do Golfo para Camp David, nos Estados Unidos, durante a primavera.

O grupo das grandes potências designado “5+1” – que inclui os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) e a Alemanha – negociava com os iranianos em Lausanne desde 26 de março.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, presidiu às negociações em Lausana com o chefe da diplomacia de Teerão, Mohammad Javad Zarif.

Ao final da tarde de hoje foi anunciado um acordo de princípio para resolver o dossiê nuclear iraniano, etapa decisiva para um acordo final com os aspetos técnicos e legais até 30 de junho.

Segundo os primeiros elementos divulgados por este pré-acordo, a capacidade de enriquecimento do Irão deverá ser reduzida e o país deverá manter 6.000 centrifugadoras em atividade, contra as 19.000 atualmente.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry, que participou nas negociações de Lausana, admitiu por sua vez que as reservas de urânio enriquecido do Irão serão reduzidas “em 98% durante 15 anos”.

Segundo referiu a UE, serão levantadas as sanções norte-americanas e europeias, que estrangulam a economia iraniana, em função dos respeitos dos compromissos pelo Irão.

/Lusa

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