Os rivais de Pedro Proença acusam o presidente da Liga de aceitar que o castigo ao FC Porto seja aplicado na Taça da Liga para garantir o apoio de Villas-Boas à sua recandidatura.
A recente mudança do jogo entre o FC Porto e o Moreirense, válido pelos quartos de final da Taça da Liga, do Estádio do Dragão para o Municipal de Aveiro gerou uma onda de controvérsia nos bastidores do futebol português. Esta decisão tem gerado acusações mútuas entre as duas fações que se preparam para as próximas eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O caso começou com a interdição do Estádio do Dragão devido ao lançamento de petardos por adeptos portistas na primeira jornada da Liga 2023/24, num jogo contra o Moreirense. Depois de vários recursos apresentados pelo FC Porto, o Tribunal Constitucional recusou-se, a 10 de outubro, a rever o caso, o que confirmou a sanção.
No entanto, a SAD portista tomou uma decisão estratégica e, em vez de recorrer, solicitou ao Conselho de Disciplina da FPF que a interdição fosse cumprida na Taça da Liga, evitando uma desvantagem competitiva na I Liga.
O pedido foi atendido, mas a escolha do Estádio Municipal de Aveiro para o jogo gerou críticas. Os apoiantes de Nuno Lobo, candidato à presidência da FPF, acusam a Liga de Futebol de desvalorizar a Taça da Liga e facilitar a mudança de estádio para agradar à Associação de Futebol de Aveiro, que apoia Pedro Proença, o atual presidente da Liga que se recandidatou ao cargo, explica o Correio da Manhã.
Os apoiantes de Lobo referem ainda que Proença não quis comprometer o apoio de André Villas-Boas, um aliado importante, e, por isso, facilitou a mudança.
Por outro lado, os apoiantes de Proença rejeitam as acusações, argumentando que o castigo teria sempre impacto numa competição gerida pela Liga, e que a resposta ao pedido do FC Porto foi um procedimento normal.