Dragão grita “sieg” ao terceiro round

José Coelho / Lusa

Ao cabo do terceiro “round”, o FC Porto amealhou a primeira “sieg”, ou como quem diz, vitória nesta edição da Liga Europa, após a derrota ante o Bodø/Glimt e o empate inglório frente ao Manchester United.

Tal como Vítor Bruno tinha avisado, a recepção ao Hoffenheim foi tudo menos fácil, valendo a eficácia do conjunto português como exemplificam os Golos Esperados (xG) dos dois emblemas.

Tiago Djaló marcou no último suspiro da primeira metade e Samu colocou um ponto final do marcador. Na próxima ronda, os portistas vão deslocar-se até ao Olímpico de Roma, casa da Lázio.

Desde a recepção ao Arsenal (1-0) nos “oitavos” da Champions da temporada passada que os “dragões” não tinham uma ‘clean sheet’ na UEFA

No derradeiro lance da primeira parte, Tiago Djaló serenou os ânimos do Dragão. O defesa-central, que manteve a titularidade que conquistou frente ao Sintrense, marcou pelo segundo jogo consecutivo e maquilhou uma exibição pálida e sofrível do FC Porto neste período.

O Hoffenheim foi quase sempre melhor, dominou por completo os “azuis-e-brancos” e dispôs das melhores ocasiões. Hložek, uma espécie de diabo à solta, foi espalhando veneno e pecou apenas nos momentos de finalização. Os assobios começavam a ecoar no Dragão até que apareceu Djaló…

A vantagem deixou os portistas mais calmos no encontro, o opositor foi em busca do empate, mas a equipa lusa mostrou-se segura a defender e tentou explorar o muito espaço que tinha nas costas da defesa contrária.

Foi num lance desse género que Samu dissipou as dúvidas, pois ao minuto 75 o avançado ligou o “turbo”, temporizou e, no momento certo, desferiu um remate mortífero que “matou” as ambições germânicas, selando a primeira vitória da equipa na prova.

José Coelho / Lusa

O Jogo em 5 Factos

1. Posse de bola

O FC Porto teve algumas dificuldades para gerir os ritmos do duelo e actuou muitas vezes de uma forma mais reactiva. A percentagem de posse de bola, apenas 46%, reflecte isso mesmo.

2. Golos esperados

Muita eficácia dos da Invicta. Dispararam 11 remates, quatro foram enquadrados e dois resultaram em golo. Os Golos Esperados (xG) foram de apenas 0,7. Já o opositor contabilizou 16 tentativas, mas enquadrou apenas um disparo, desperdiçou uma ocasião flagrante e obteve um xG de 1,1.

3. Eficácia “assim-assim” no cruzamento

Em dez cruzamentos com o selo do FC Porto, somente dois foram eficazes. O Hoffenheim chegou aos 15 e acertou quatro.

4. Desperdício

Foram muitos os passes de risco falhados nos dois lados. Destes, 18 tiveram a assinatura da turma do Porto e 12 da barricada alemã.

5. Equilíbrio

Esta foi uma das notas dominantes do duelo, o equilíbrio, patente no número de acções defensivas no meio campo adversário, pois cada uma das equipas contabilizou oito. Não foi um jogo de “gegenpressing”.

Melhor em Campo

O médio argentino Alan Varela foi o pêndulo da equipa ao longo de toda a partida, tendo registado três passes para remate, uma eficácia de 100% nos 49 passes que fez, acertou os sete passes longos que arriscou, obteve um total de 63 acções com a bola, venceu metade dos seis duelos que protagonizou, foram três as recuperações de posse, seis as perdas do esférico e cinco as acções defensivas.

O MVP teve um rating de 6.8.

Resumo

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