Pedro Nuno afasta-se do OE até ao final do mês – e pede PS a “uma só voz”

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António Pedro Santos / Lusa

O Secretário Geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos

O Partido Socialista (PS) está dividido, quanto à viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). O líder do partido pede “unidade” – que pode “não ser própria da democracia”.

Faltam mais de 15 dias para a votação do OE2025 na generalidade e, no PS, muito se tem debatido (principalmente, internamente) sobre qual será a posição final do partido, no dia 31 de outubro: voto a favor ou abstenção?

Pedro Nuno Santos quer afastar-se do tema, até lá. Como escreve o jornal Público, decisões só “para o fim do mês”.

Mas este fim-de-semana a discussão no seio socialista foi se o partido deve ou não “falar a uma só voz”, como apelou Pedro Nuno Santos.

Algumas figuras importantes do partido – como Sérgio Sousa Pinto, Francisco Assis e José António Vieira da Silva – disseram recentemente, em espaços de comentário, que o PS deve viabilizar o Orçamento.

No entanto, nem todos dentro do partido têm esta opinião.

No sábado, no congresso federativo de Braga, Pedro Nuno avisou os críticos internos para não entrarem no jogo da Aliança Democrática (AD), apelando à “unidade”.

“Façam o favor, aqueles que fazem parte deste grande partido político, de colocar o PS [em primeiro], de defender o PS, de não servirem mais ninguém, de defenderem o PS, os nossos valores e princípios, de respeitar os militantes, as secções, as concelhias, quem trabalha no terreno em nome do PS”, disse o secretário-geral do PS, citado pelo Público.

Pedro Nuno recusou a ideia de este ser um “Orçamento do PS”: “Não é nem será o orçamento do PS não só pelo que tem, mas sobretudo pelo que não tem (…) A distância entre nós e o Governo da AD é muita e é bom que nenhum socialista e nenhum dirigente do PS se engane qual é o seu partido e quais são os nossos adversários”.

Este domingo, em entrevista à Rádio Observador, o ex-ministro do Trabalho (2015-2019), José António Vieira da Silva (um dos críticos de PNS) disse estar estupefacto com as palavras de Pedro Nuno Santos: “As pessoas que falam não falam em nome do partido. Agora, os militantes do Partido Socialista não estão impedidos. Não pende sobre eles nenhuma espécie de norma de silêncio. Isto não é próprio de uma democracia“.

Também este domingo, o secretário-geral do PS desafiou o primeiro-ministro a explicar as misteriosas reuniões com André Ventura e Rui Rocha.

“Aquilo a que temos assistido nos últimos dias é  uma vergonha para a nossa democracia (…) não sabemos quem mente“, atirou Pedro Nuno.

ZAP //

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3 Comments

  1. Unidade, unidade, unidade. Viva o ultra-radical, escondido no PS! Este gajo é um completo vazio de ideias. A amnésia não o larga.

  2. Essa da unidade foi o pai dele (inscriro no Bloco de Esquerda) que lhe soprou . Este sujeito, um bocado espremido, pouco sumo tem. Até os da terra dele o derrotaram quando este principiante tentou candidatar-se à câmara. Este garotolas nunca prestou para nada,, ou melhor prestou para andar sempre a andar voltinhas na sua terra e periferia, de Porsche e Maserati, feito rico e menino do papá. Depois o PS avisou-o de que não podia andar a mostrar-se como rico: entregou o Maserati ao pai e vendeu o Porsche. Este indivíduo na passa de um fantoche, escondido no PS.

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