Licença parental inicial passa a ser de 6 meses, paga a 100%. Rejeitado imposto extra sobre as maiores fortunas.
O Parlamento aprovou nesta sexta-feira o alargamento do tempo de licença parental inicial.
A iniciativa legislativa de cidadãos aprovada propõe que a licença seja aumentada de 120 dias para 180 dias (seis meses) – paga a 100%. E propõe passar o pagamento a 80% de 150 para 210 dias pagos.
A licença parental inicial que ainda está em vigor pode ir até 150 dias, e inclui os períodos obrigatórios e exclusivos de cada pai e mãe.
A proposta foi aprovada com votos a favor de quase todos os partidos. Os votos contra dos partidos que formam o Governo, PSD e CDS-PP, não foram suficientes para travar a iniciativa.
Perante dezenas de mães com os respetivos bebés, que estavam nas galerias da Assembleia da República, os deputados aplaudiram de pé esta decisão – menos os de PSD e CDS.
Curiosamente, os primeiros aplausos de pé vieram dos dois extremos: de José Soeiro (Bloco de Esquerda) e de Rita Matias (Chega).
As mães – algumas aparentemente surpreendidas – também se queriam manifestar, mas rapidamente chegou um polícia a impedir as celebrações.
“Hoje fizemos história”. Cedo espalhou-se pela internet a imagem de dezenas de recém-mães com os respectivos bebés, ou crianças, que foram até ao Palácio de São Bento assistir à votação.
A proposta baixa agora à 10.ª comissão, onde como habitualmente vai ser sujeita a discussão e eventuais contributos e melhorias.
Ainda não se sabe se as mães e pais que já estão em licença vão ser abrangidos pela nova lei.
As propostas dos quatro partidos sobre este assunto foram rejeitadas: o PCP queria 210 dias repartidos pelos progenitores; o Livre alargaria até 180 dias pagos a 100% para cada um; o Bloco pretendia 120 dias para cada um dos pais; e o PAN 180 dias consecutivos para os dois.
Grandes fortunas sem imposto extra
PSD, CDS, Chega e IL chumbaram as recomendações ao Governo apresentadas por PS, Livre e PAN para o país aderir às iniciativas internacionais de tributação de grandes fortunas.
Os projetos do PS e PAN mereceram os votos a favor de todas as bancadas à esquerda, enquanto o do Livre contou com a abstenção do PCP e a aprovação da restante esquerda.
A oposição da direita a estas iniciativas já tinha sido transmitida no debate em plenário desta quarta-feira, promovido pelo Livre, dos projetos de resolução dos três partidos sobre a mesma matéria.
Hugo Carneiro, do PSD, criticou o que diz ter ser o “muito desnorte” do PS e Paulo Núncio, pelo CDS-PP, acusou a esquerda de ser “viciada na criação de novos impostos”.
Rui Afonso, do Chega, disse que o projeto de resolução dos socialistas “não é mais do que uma fraca tentativa de agradar à extrema-esquerda” e Mário Amorim Lopes, da IL, defendeu que o capitalismo e o crescimento económico impulsionaram a descida da pobreza a nível mundial.
À esquerda, os partidos instaram o Governo a juntar-se ao que dizem ser uma tendência global de tributação das grandes fortunas, como meio de colmatar as desigualdades socioeconómicas.
Ao longo do debate, a esquerda foi recordando a intenção do G20, atualmente presidido pelo Brasil, de implementar uma taxa global sobre as grandes fortunas e o PS recordou que esta medida já recebeu abertura do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Aumentos nos SNS rejeitados
A Assembleia da República rejeitou o aumento salarial proposto pelo BE para os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a iniciativa do Chega que previa a isenção temporária de IRS sobre o trabalho suplementar.
O projeto de lei do BE contou com o apoio do Chega, PCP, Livre e PAN, merecendo os votos contra do PSD, PS, IL e CDS-PP, enquanto o diploma apresentado pelo Chega recebeu votos contra das bancadas do PSD, PS, BE, PCP, Livre e CDS-PP e a abstenção do PAN, contando apenas com o apoio da Iniciativa Liberal.
O Bloco pretendia a atualização imediata em 20% das tabelas salariais dos profissionais do SNS, bem como a criação de um regime de dedicação plena e de um estatuto de risco e penosidade.
Já o Chega defendia uma medida temporária, com a duração de um ano, que consiste na isenção de tributação em sede de IRS sobre o trabalho suplementar realizado pelos profissionais de saúde do SNS.
Durante o debate em reunião plenária, na quinta-feira, várias bancadas questionaram a constitucionalidade da proposta, por colocar em causa o princípio da igualdade tributária, e outras criticaram o Chega por propor esta via em vez da valorização das carreiras.
ZAP // Lusa
Mais uma vez o PSD a mostrar que não passa de um PS disfarçado.!!
Sobre este aumento do tempo de parentalidade só tenho a dizer que é uma vergonha! Noutros paises a mae está em
Casa um ano com o bebe! Um ano! Nos andamos a lutar por meio ano??? Estão a gozar???
Chamam isto uma vitoria?? É este o grande apoio á natalidade?
Mais vale mandar vir imigrantes…
Muitos países da europa oferecem aos pais 2 anos em casa!
Pois..
Muitos paises nao trabalham ao domingo, muitos paises oferecem dois anos…
Mas muitos paises os funcionários publicos nao trabalham 7h, muitos paises nao ha mama para tudo e mais alguma coisa.
Mas gostamos comparar com outros paises…so no que nos interessa…
Já o PS mostra que é um partido que nao se deve confiar.
Durante 8 anos foi sempre contra estas medidadas, adiou, nao aprovou.
Agora que esta na oposição esta a apoiar todas as medidas que foi contra durante 8 anos na tentativa de agradar o povo e ir para o poleiro..
O PSD so esta a usar a tatica usada durante 8 anos de PS…
Sobre esta “vitoria” so digo uma coisa… sempre e melhor mais um pouco que nada
O desgoverno prefere dar dinheiro á GNR. PSP. Militares. Etc.Etc. para os que dão crianças ao mundo, isso são considerados Escumalha, é a direitalha no seu melhor eu já conheço a diferença dos partidos á 50 anos, a história que são todos iguais isso nunca foi verdade, e os exemplos estão á vista, só podem enganar os mais incautos a mim nunca me enganaram, e o pior está para vir quando acabarem algumas benesses porque os cofres ainda estão cheios.