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Aluno que esfaqueou colegas na Azambuja surpreendeu polícias (e pesquisava sites nazis)

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O estudante de 12 anos que esfaqueou seis colegas na Escola Básica da Azambuja vai ficar num centro educativo na zona de Lisboa, a medida cautelar mais gravosa que está prevista por ser menor.

O juíz do Tribunal de Família e Menores de Vila Franca de Xira que ouviu o jovem tomou a decisão de lhe aplicar a medida cautelar mais gravosa, mas não ficará no modelo mais severo, o regime fechado, por ter apenas 12 anos.

Assim, ficará em regime aberto e semi-aberto, o que lhe permite ter visitas mais regulares e até conseguir idas a casa e eventuais actividades no exterior.

A medida será revista daqui a dois meses e divide opiniões entre quem trabalha nesta área.

Há quem note que o jovem “é um perigo para a sociedade“, mas também quem sublinhe que o menor deveria ser “acolhido junto da família“, conforme declarações partilhadas com o Expresso.

Entretanto, o jovem vai realizar exames psicológicos e psiquiátricos para tentar perceber em que quadro esfaqueou seis colegas na escola que frequentava na Azambuja.

Sites nazis e possível influência de terceiros

Para já, sabe-se que o estudante tinha feito pesquisas de sites de ideologia nazi. “Estava claramente num processo de se deixar influenciar pelo ideário nazi com informação que se encontra facilmente na internet em fontes abertas”, conta ao Expresso uma fonte identificada como “próxima do processo”.

Os seus 12 anos não lhe permitem ter “maturidade suficiente para processar as leituras que fazia, havendo uma margem de perigo para uma criança as distorcer”, acrescenta a mesma fonte.

Contudo, não é certo que a frequência desses sites esteja diretamente relacionada com o esfaqueamento dos colegas.

A investigação também está a seguir a possibilidade de ter sido influenciado por outras pessoas. “Temos de perceber se houve instigação de terceiros“, nomeadamente através de contactos na Internet, aponta a fonte ouvida pelo Expresso.

“Mostrou competências que causaram surpresa”

O aluno do sétimo ano esfaqueou seis colegas na escola, depois de ter vindo de casa, onde foi almoçar, com uma faca de cozinha. Também teria levado vestido um colete anti-balas que seria do pai, um segurança privado, mas isso não está confirmado.

Após o ataque, o adolescente foi retido pela GNR numa sala de aulas da escola. Foi depois ouvido pela Polícia Judiciária e conversou com os agentes de uma forma que os surpreendeu.

“Não se remeteu ao silêncio. Foi falador, mostrou competências intelectuais que causaram surpresa a quem o ouviu”, destacou uma fonte ao Expresso.

Mas também é certo que se trata de “uma criança que não está bem a nível psicológico e emocional“, analisa outra fonte ao semanário.

Uma das pistas da investigação é que pode ter sofrido um surto psicótico.

Também se admitia que poderia querer vingar-se de algum colega por ter sido vítima de bulliyng, mas essa pista tem “perdido consistência”, apurou o jornal.

ZAP //

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5 Comments

  1. E onde estavam os pais, aquando da visita a esses sites?!?!??!?!??!?!?!?!? Continuem a deixar que os jovens “ganhem” a maturidade pelo que lêem sozinhos na internet! Não os eduquem que não é preciso!!! Isto é um caso de abandono e negligência por parte dos pais claríssimo!!! Como é que um miúdo sai de casa com uma faca e ninguém em casa repara?!?!?

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  2. Ó Blue… tenha lá juízo!! Com certeza, não tem filhos adolescentes. Acertei??

    Mas os seus pais sabiam de TUDO o que você fazia?? Só se o/a tivessem amarrrado/a na cave e só libertassem o ‘bicho’ quando chegassem a casa….

    Juízo!! O menino, mesmo com 12 anos e no enquadramento que a lei oferece, tem que assumir a responsabilidade pelo que fez. Ponto.

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  3. Andam por aqui fachos com repolhos no lugar de neurónios ou armados em engraçadinhos…
    O menino criminoso é filho de um GNR e não andava em sites nem do BE nem do CDU, mas obviamente de Machadinhos e Venturinhas.

  4. Se a CS desse menos noticias sobre estes casos que acontecem no estrangeiro, talvez não houvesse cá estes casos.

    Editar – 

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