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Seis crianças esfaqueadas por colega em escola da Azambuja. Tinha colete à prova de bala

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António Cotrim / Lusa

Seis alunos de uma escola básica do concelho da Azambuja, em Lisboa, foram esfaqueados por um colega de 12 anos. Um está em estado grave.

O incidente ocorreu na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja, no distrito de Lisboa, desconhecendo-se as motivações do agressor que terá 12 anos.

Os alunos feridos têm entre 12 e 14 anos e são, maioritariamente meninas, como apurou o Correio da Manhã (CM) junto de fonte oficial da GNR.

Uma das crianças ficou em estado grave, com lesões ao nível do tórax e da cabeça. Está internada no hospital de Santa Maria em Lisboa.

Os outros feridos foram assistidos no hospital de Vila Franca de Xira com ferimentos nos braços, pernas e tronco.

Um adulto também terá ficado ferido no âmbito do incidente que levou até à escola seis ambulâncias e elementos dos Bombeiros de Azambuja e do INEM.

Aluno de 12 anos tinha colete à prova de bala e faca

O agressor de 12 anos ficou retido numa sala de aula à guarda da GNR enquanto se esperava pela chegada da Polícia Judiciária que vai investigar o caso.

Por ser menor, não foi formalmente detido, mas ficou sob custódia policial.

Não se conhecem as motivações do jovem, mas o CM adianta que após ter ido almoçar a casa, o jovem voltou à escola com um colete à prova de bala e uma faca escondida na mochila.

Terá começado a esfaquear os colegas no pátio da escola, acrescenta o jornal.

“Conforme iam aparecendo colegas, ia atacando indiscriminadamente”, relata à Rádio Observador o presidente da Câmara da Azambuja, Silvino Lúcio.

A intervenção de uma funcionária da escola, o adulto que ficou ferido, terá sido essencial para evitar que o ataque tivesse consequências mais graves.

O aluno de 12 anos será filho de uma professora que dá aulas noutra escola, como aponta o Observador.

Marcelo repudia ataque e pede reflexão

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já repudiou o ataque na escola da Azambuja, defendendo uma reflexão sobre a necessidade de educar para a paz e a tolerância.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo sublinha que “nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal acto de violência“.

“A família, como a escola, a comunidade local e outras instituições essenciais para a nossa vida comum não podem ser dominadas pela violência, pela agressão, pela violação dos direitos das pessoas”, realça o Presidente.

“Tudo devemos fazer para que comportamentos como o vivido hoje, envolvendo a agressão física a colegas, professor e outro trabalhador da escola, não se repitam“, acrescenta Marcelo.

O Presidente da República defende que “a situação deve ser devidamente apurada e merece não só a condenação, como a reflexão sobre a necessidade de educar para a paz, a concórdia, a tolerância e a civilidade”.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, também reagiu a esta situação através da sua conta na rede social X, condenando um ataque que definiu como “um acto isolado” e “estranho à sociedade portuguesa”.

Apesar disso, “deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que actuam no espaço público”, concluiu Montenegro.

ZAP //

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2 Comments

  1. Esse monstro deveria ser internado num manicómio. Se fizesse isso aos meus filhos, provavelmente, iria querer medidas de coação mais gravosas para ele. Aberração, nojo!

  2. Ana Maria,
    “Ao rio que tudo arrasta na sua passagem todos apelidam de violento.
    Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.”
    Bertolt Brecht

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