Os palestinianos da Faixa de Gaza veem-se como “zombies” entregues a si mesmos. O desabafo foi feito por Muhannad Hadi, coordenador das Nações Unidas para a ajuda humanitária aos Territórios palestinianos Ocupados.
Os palestinianos da Faixa de Gaza veem-se como “zombies” entregues a si mesmos, disse esta terça-feira, em Bruxelas, Muhannad Hadi.
“Devem ver-nos como dois milhões de zombies (…) entregues a si mesmos”, sublinhou este dirigente da Organização das Nações Unidas (ONU), citando um palestiniano com quem falou durante uma das suas deslocações à Faixa de Gaza.
“Todas as coisas que se consideram adquiridas, ou pelas quais se trabalha todos os dias, não existem para a maioria da população de Gaza”, acrescentou.
“Muitas pessoas não têm de comer” ou acesso a água potável e eletricidade, detalhou Hadi.
“Ninguém deve sofrer guerras, más políticas. Enquanto fornecedores de ajuda humanitária, temos de gerar as consequências das más escolhas políticas”, sublinhou Hadi, que também é o coordenador especial adjunto da ONU para o processo de paz no Médio Oriente.
“É evidente que os políticos no mundo não fazem o que era suposto fazerem, razão pela qual não há cessar-fogo, nem solução para a crise na Faixa de Gaza”, disse ainda.
Hadi esteve em Bruxelas para uma série de reuniões com dirigentes europeus, quando o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell está a fazer um périplo na região, com deslocações ao Egito e ao Líbano.
Israel está “quase a acabar”
Esta terça-feira, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, reiterou que o Exército está “perto de concluir” os seus objetivos na Faixa de Gaza e se concentrará depois em combater o grupo xiita libanês Hezbollah e garantir a segurança na fronteira norte.
“O centro de gravidade está a deslocar-se para norte, estamos perto de concluir a nossa missão no sul, mas aqui [no norte] temos uma tarefa que ainda não completámos (…): mudar a situação de segurança e [assegurar] o regresso dos residentes às suas casas”, disse Yoav Gallant às tropas no norte do território israelita.
O ministro conversou com alguns militares destacados junto à fronteira com o Líbano, enquanto estes realizavam uma simulação de ofensiva terrestre do país vizinho, noticiou o diário The Times of Israel.
“As ordens de que estão à espera, eu dei-as no sul e vi as forças a trabalhar”, acrescentou Gallant, referindo-se à ofensiva terrestre israelita iniciada há meses na Faixa de Gaza, mas ainda não no Líbano.
“Chegarei aqui e vocês têm de estar prontos e preparados para levar a cabo esta missão. Estamos a acabar de treinar toda a ordem da batalha para uma operação terrestre [no Líbano], em todos os aspetos”, reiterou o ministro da Defesa israelita, assegurando estar a falar a sério.
O Exército israelita que já fez mais de 41.000 mortos e cerca de 95.000 feridos, na Faixa de Gaza.
ZAP // Lusa
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Muitas vezes, crianças vítimas de bullying, vêm a tornar-se bullies em adultos. Pelos vistos, o mesmo acontece a povos inteiros como parece ser o caso dos israelitas!
A nossa Raça , é a peça desnecessária no xadrez do Planeta Terra ! . Desde o inicio , o “Homem” sempre foi o pior predador para os seus semelhantes .