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Apps de encontros online em queda. 5 motivos explicam tendência

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Continua a ser um negócio de milhares de milhões, mas o número de downloads vai em sentido contrário. Não, não foi o ananás.

Os encontros online passaram a fazer parte da rotina de milhões de pessoas – e, com isso, as aplicações do ramo tornaram-se um negócio de milhões, ou milhares de milhões, de dólares ou euros.

O Tinder e seus semelhantes trouxeram uma nova tendência, mais eficaz. E até viciante para muita gente.

Nos EUA, por exemplo, estima-se que 30% dos adultos já tenham utilizado, pelo menos uma vez, uma dessas aplicações. E, quando a maioria ficou fechada em casa por causa da COVID-19, a sua utilização tornou-se ainda mais frequente.

Com o aumento exponencial de utilizadores, também o negócio aumentou: 4.8 mil milhões de euros ao longo do ano passado, segundo a plataforma Business of Apps.

Até foi uma subida de 8% no volume total de negócio e uma subida de quase 4% no número de utilizadores (passaram a ser 350 milhões), comparando com 2022 – só no Tinder há 88 milhões de utilizadores.

Mas a quantidade de downloads dessas aplicações vai em sentido contrário: em 2023 foram descarregadas 237 milhões de vezes; tinham sido 287 milhões (+ 50 milhões) em 2022.

Os downloads do Tinder caíram 12% no segundo trimestre deste ano.

No total assou a haver 137 milhões de utilizadores dessas aplicações, igualmente no segundo trimestre deste ano; eram 154 milhões (+ 12%) em 2021, em plena pandemia.

A revista The Economist apresenta quatro motivos: utilizadores desiludidos (ou sobrecarregados, ou exaustos) com as aplicações, menos dinheiro gasto nesta rotina, os encontros offline parecem estar a regressar e há preocupações sobre a segurança do que se partilha online.

A investigadora Rita Sepúlveda acrescentou outro factor: fadiga do mundo digital. Foi muito tempo passado em frente ao ecrã, explica no The Next Big Idea, reforçando que muita gente passou a ter como prioridade voltar ao “modelo antigo” de encontros presenciais.

E ainda entra outra dúvida: há aplicações que incentivam o seu uso compulsivo, para ter lucros? A Match Group está em tribunal por causa disso. É acusada de apresentar (de propósito) as suas aplicações com recursos semelhantes aos de jogos.

ZAP //

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