Já se sabe o que causou a queda de helicóptero que matou ex-presidente do Irão

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Bilawal Arbab / EPA

Um muçulmano shiita com uma vela em frente à fotografia do antigo presidente do Irão, Ebrahim Raisi – Peshawar, Paquistão

Investigação “completamente concluída”. Houve duas razões para a queda da aeronave. Possibilidade de ataque está fora da equação.

A investigação do acidente de helicóptero que causou a morte ao ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi e à sua comitiva, em maio, foi “completamente concluída” de acordo com a agência de notícias Fars, que cita uma fonte de segurança.

“As agências de segurança e de inteligência concluíram as suas investigações detalhadas e é absolutamente certo que o que aconteceu foi um acidente”, destacou a mesma fonte, que apontou dois motivos para a queda do helicóptero.

A investigação atribui o acidente às más condições meteorológicas e à sobrecarga do helicóptero: a aeronave, carregada com mais passageiros do que os exigidos pelos protocolos de segurança, não conseguiu ganhar altitude.

Em maio, quando as autoridades ainda procuravam a aeronave, as operações para localizar Raisi decorreram em condições meteorológicas adversas, com o registo de chuvas fortes e algum vento, que dificultaram as operações de resgate.

A bordo seguiam mais dois passageiros do que o esperado, segundo a investigação.

Ataque fora de equação

A investigação afastou, de acordo com a Fars, a possibilidade de “bloqueio e ataque aos sistemas eletrónicos” do dispositivo.

“Não foram encontrados vestígios de agentes químicos ou substâncias nocivas durante a investigação”, frisou ainda a agência.

Em maio, os militares iranianos afirmaram também não ter encontrado qualquer indício de atividade criminosa que pudesse ter provocado a queda do avião, que transportava o presidente e outras sete pessoas, incluindo o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian.

O falecido presidente, de 63 anos, regressava da inauguração de uma barragem na fronteira com o Azerbaijão quando o helicóptero caiu, a 19 de maio, na região montanhosa do noroeste do país, debaixo de chuva e nevoeiro espesso.

O Parlamento iraniano deu esta quarta-feira o seu voto de confiança a todos os ministros propostos pelo novo Presidente do Irão, o reformista Masud Pezeshkian, para um governo de unidade nacional com figuras conservadoras e moderadas.

O atual chefe de Estado foi eleito em 5 de julho na segunda volta das presidenciais, realizadas após a morte de Ebrahim Raisi.

Uma vez aprovado o Conselho de Ministros, Pezeshkian enfrenta agora o desafio de governar o país quando há grandes tensões nacionais e internacionais, como o descontentamento da população devido à falta de liberdades e à má situação económica, o conflito em Gaza, e o mau relacionamento com o Ocidente e a Europa devido ao seu apoio à Rússia.

ZAP // Lusa

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