Helicóptero com presidente do Irão a bordo desapareceu. Imprensa local fala em despenhamento

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Daniel Irungu / EPA

O helicóptero que transportava o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, terá estado envolvido num acidente, este domingo. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, também estava na aeronave.

Depois de ter sido avançado numa primeira fase que o helicóptero onde viajava o Presidente do Irão Ebrahim Raisi tinha feito uma aterragem de emergência, após uma viagem ao Azerbeijão, as informações mais recentes da imprensa iraniana dão conta de despenhamento.

“Segundo informações não confirmadas, o helicóptero que transportava o Presidente (…) despenhou-se na província do Azerbaijão Oriental”, afirmou a televisão estatal, acrescentando decorrem operações para o localizar em condições meteorológicas adversas, com o registo de chuvas fortes e algum vento.

Citada pelas agências noticiosas internacionais, a televisão estatal avançou que o incidente ocorreu perto de Jolfa, uma cidade na fronteira com o Azerbaijão, cerca de 600 quilómetros a noroeste da capital iraniana, Teerão.

A agência noticiosa oficial IRNA informou que Raissi, a par do ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Hossein Amir-Abdollahian, estava entre os passageiros da aeronave.

“Após o anúncio da queda do helicóptero que transportava o Presidente, foram enviadas equipas de salvamento”, avançou o presidente do Crescente Vermelho, Babak Mahmoud, aos meios de comunicação social iranianos. De acordo com a Antena 1, estão em campo 16 equipas de salvamento.

As condições climatéricas adversas estão a dificultar as operações de resgate.

Raisi tinha estado no Azerbaijão no início de domingo para inaugurar uma barragem com o homólogo azeri, Ilham Aliyev, naquela que é a terceira barragem construída pelos dois países no rio Aras.

Helicópteros iranianos têm limitações

O Irão possui uma variedade de helicópteros no país, mas as sanções internacionais dificultam a obtenção de peças para os mesmos. A sua frota aérea militar também remonta, em grande parte, ao período anterior à Revolução Islâmica de 1979.

Raisi, de 63 anos, é um homem de linha dura que anteriormente dirigiu o poder judicial do país e é caracterizado como um protegido e possível sucessor do líder supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei.

Raisi venceu as eleições presidenciais iranianas de 2021, uma votação que registou a taxa de participação mais baixa da história da República Islâmica.

O responsável é alvo de sanções dos EUA dado o seu envolvimento na execução em massa de milhares de prisioneiros políticos em 1988, no final da guerra Irão-Iraque.

Sob o comando de Raisi, o Irão tem enriquecido urânio a níveis próximos do grau de armamento e dificulta as inspeções internacionais.

O país forneceu armamento à Rússia na sua guerra contra a Ucrânia e lançou um ataque maciço com drones e mísseis contra Israel no âmbito da investida militar contra os islamitas palestinianos do Hamas na Faixa de Gaza.

O Irão também tem apoiado os rebeldes Huthis do Iémen e o Hezbollah do Líbano.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Estamos todos muito preocupados!
    Informações de fonte anónima e não confirmadas, referem que foi obra de um “charrete” Ucraniano.

  2. Que a morte deste fundamentalista, já confirmada, seja um contributo para a Paz Mundial e para a liberdade do Povo Iraniano.

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