Presidente da Câmara de Leiria fala em “exagero de distância”, presidente dos obstetras alerta que ainda não aconteceu nada “por milagre”.
O cenário mantém-se: hoje, domingo, 13 serviços de urgência estão fechados em Portugal, anuncia o site do Serviço Nacional de Saúde.
Estão fechados serviços de urgência em: Chaves e Torres Novas (pediatria); Almada/Seixal, Amadora/Sintra, Lisboa – São Francisco Xavier (obstetrícia/ginecologia); Leiria, Loures e Setúbal (obstetrícia/ginecologia e pediatria); Lisboa – Santa Maria e Portimão (obstetrícia).
Isto no dia seguinte a 11 serviços de urgência terem estado encerrados – e, como se percebe, todos dedicados às crianças/mães: ou de obstetrícia/ginecologia, ou de pediatria.
Nuno Clode, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, apoia a ideia de concentrar as urgências em Lisboa e Vale do Tejo: “Isso foi uma opção que foi sugerida no ano passado por Diogo Ayres de Campos (era director de obstetrícia e ginecologia no Hospital Santa Maria), e a realidade não era a que é nos dias de hoje; é pior ainda. Naquela altura, isso foi visto de uma forma muito negativa, mas a verdade é que as coisas não mudaram, e essa pode ser uma solução“.
O obstetra explica no jornal Expresso que, assim, as grávidas ficariam mais bem orientadas: “Não pode ser uns dias aqui, outros dias ali. Isto para a grávida acaba por ser uma coisa um pouco esquizofrénica. O ideal seria programar as coisas com tempo. Não tem sido essa a opção“.
Nuno Clode não hesita nos avisos: “Está aproximar-se do descalabro. Temos tido sorte de não termos tido problemas de maior ou situações dramáticas. Mas a população é diferente, há o mesmo número de grávidas, são grávidas de maior risco, são grávidas com mais idade… Há menos médicos, menos segurança, há menos enfermeiros ligados ao Serviço Nacional de Saúde… Foi por milagre que ainda não aconteceu nada“.
“Nasciam em Vigo”
As grávidas e os seus bebés são as pessoas mais afectadas neste cenário de “esquizofrenia”.
Há mães de Leiria que estão a ser encaminhadas para o Porto (casos mais complexos ou cesarianas programadas). São praticamente 200 quilómetros.
O presidente da Câmara Municipal de Leiria acha que é um “exagero de distância”, lembrando que Coimbra poderia ser opção para todas.
“Mais um bocadinho estavam a nascer em Vigo e eram espanhóis. É desajustado”, critica Gonçalo Lopes, na CNN Portugal.
“Um hospital não é uma fábrica. Estamos habituados a quem durante o Verão, as fábricas encerrem. O que está envolvido num processo de fabrico são peças, mercadorias – não são seres humanos”, aponta o autarca.
A Herança que a esquerda portuguesa deixou, PCP, BE ,O mais grave O PS criaram o SNS agora e destrui-lo A mac é para o turismo da saude, é uma vergonha
Excelente analise da situação “real” en que se encontra o SNS . Muitas vezes citei que a Vida Humana , cada vez tem menos valor que un Eletrodoméstico que é un valor Economico transacionável !…..O acesso digno en tempo e horas , a un Serviço de Saúdo é cada vez mais un Luxo , e reservado a quem tem largos meios Económicos !
O palhaço do Gonçalo Lopes andou sempre calado enquanto o governo era do PS, mesmo quando o Hospital de Leiria estava a rebentar por todos os lados, com falhas enormes dos serviços. Mudou o governo e já parece o Martin Luther King…
Oh bálhame Deus!