Bicampeão mundial nem conseguiu chegar às meias-finais da sua especialidade, a mariposa. Discurso foi forte depois da prova.
As expectativas, sobretudo dos adeptos, eram altas: Diogo Ribeiro chegou aos Jogos Olímpicos como bicampeão mundial, de 50m e 100m mariposa.
Já se sabia que em Paris o nível seria outro, havia adversários que não tinham participado nos Mundiais deste ano. Mas a desilusão reinou.
Diogo Ribeiro não foi a nenhuma final e, nesta sexta-feira, nem conseguiu chegar às meias-finais da sua especialidade, nos 100m mariposa.
O jovem nadador português esteve na terceira série das eliminatórias, ficando apenas no 6.º lugar com 51.90 segundos.
Era um tempo perigoso, que poderia ditar a eliminação precoce – e ditou mesmo, já que ficou com o 20.º registo no geral, quando só passavam 16 nadadores para as meias-finais. Ficou a 28 centésimos da qualificação.
No final, admitiu: “Não estou contente, merecia muito mais e conseguia fazer mais. Sinto que não deixei tudo, mas deixei quase tudo, havia pouca margem para melhoria”.
Diogo sentiu que ia no grupo da frente (afinal não ia) na eliminatória, mas já ontem, quinta-feira, ao treinar mariposa “pela primeira vez” em Paris, “tinha más sensações”.
Nesta conversa com os jornalistas, Diogo Ribeiro não poupou nas críticas à organização dos Jogos Olímpicos. Em resumo, está quase tudo mal em Paris.
“Não está a correr bem no geral. Estes Jogos Olímpicos não estão a ser uma experiência feliz. Para mim, a única coisa que está bem é haver sempre autocarros“.
Pontos negativos são vários, para o português: “A alimentação não é boa, na vila olímpica o prédio está longe da alimentação, estamos a andar bastante para comer o que não é bom, humidade, horários das competições, as condições da piscina…”.
“E não sou só eu a queixar-me“, continuou o atleta, que reforçou: “Não gostei muito da piscina. Gostei do ambiente, das pessoas; quanto mais adeptos, mais força me dá”.
Apesar da desilusão: “Nunca se perde nada, sinto que precisava disto para preparar os próximos Jogos Olímpicos”.
As condições são iguais para todos.
Quando o bailarino não sabe dançar…
Muito bem dito, as condições são iguais para todos , e quando algo está mal deveria ter queixado antes e não depois de uma eliminação que ninguém esperava. Não sei se falta de preparação, se envaideceu por ser campeão mundial. A verdade é que este banho de humildade irá separar o trigo do joio. Na proxima grande prova veremos afinal se é trigo ou joio
Que tristeza de comentários… Revelam apenas uma coisa, uma total ignorância sobre o que é o desporto de alta competição.
Os países que levam estas coisas a sério têm hotéis reservados para as suas equipas, os seus próprios cozinheiros com dietas rigorosas, centros de treino…
Os outros, como nós, vão num registo de quase total amadorismo… Ficam na aldeia olímpica, sujeitos à alimentação disponível, ao barulho ensurdecedor que por vezes reina nestes meios… Enfim…
Querer comparar as condições que os atletas americanos têm comparativamente com as condições dos atletas portugueses é quase como querer comparar um Ferrari com um Fiat. São ambos italianos mas apenas isso.
Falem do que sabem e evitem fazer figuras de urso.