Uma equipa de cientistas encontrou provas de uma gruta subterrânea na Lua que é acessível a partir da superfície, podendo vir a ser um local privilegiado para a construção de uma futura base lunar.
Num novo estudo, publicado esta segunda-feira no Nature Astronomy, uma equipa de investigadores anunciou a descoberta de uma gruta com 45 metros de largura e até 80 metros de comprimento, uma área equivalente a catorze campos de ténis.
A gruta é acessível a partir de um poço aberto no Mar da Tranquilidade, a antiga planície de lava onde os astronautas da Apollo 11 pisaram a Lua pela primeira vez.
Segundo o The Guardian, as órbitas lunares detetaram pela primeira vez poços na Lua há mais de uma década. Os cientistas acreditam que muitos deles são clarabóias que ligam as grutas subterrâneas, tais como tubos de lava que se formam através de processos vulcânicos.
Estas grutas podem vir a constituir a base de um abrigo lunar de emergência, porque a temperatura é maioritariamente estável no interior e os astronautas estariam naturalmente protegidos dos raios cósmicos nocivos, da radiação solar e dos micrometeoritos.
Os cientistas estão interessados em estudar as rochas no interior destas grutas, pois é provável que contenham pistas sobre a formação da Lua e a sua história vulcânica. As grutas podem também conter gelo, um recurso essencial para missões lunares a longo prazo e para a colonização.
“Os sistemas de cavernas lunares são vistos como potenciais locais para a instalação de futuras bases tripuladas, uma vez que o espesso teto de rocha das cavernas é ideal para proteger as pessoas e as infraestruturas das variações de temperatura dia/noite e para bloquear a radiação de alta energia da superfície lunar”, diz Katherine Joy, professora da University of Manchester, que não esteve envolvida no estudo.
Apesar desta descoberta, um dos maiores desafios seria o acesso ao poço que requer um grande cuidado.
“Para entrar no poço é necessário descer 125 metros antes de chegar ao solo, e a borda é uma encosta íngreme de detritos soltos, onde qualquer movimento enviará pequenas avalanches para quem estiver por baixo”, conclui Robert Wagner, investigador da Arizona State University, também não envolvido no estudo.
Só teorias de quem não esta envolvido no projeto… parecem os nossos politicos, só, bla bla bla, sem bases fundadas!