Aumento é necessário para cobrir custos operacionais e reabilitação da rede, concluiu estudo encomendado pelo setor da água.
Para cobrir os custos operacionais de rede e garantir os investimentos necessários na sua reabilitação, um estudo encomendado pela Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA) à FUNDEC do Instituto Superior Técnico recomenda um aumento de 40% nas tarifas da água em Portugal.
O estudo, intitulado “Modelo de subsidiação dos serviços de abastecimento de água e de saneamento, em Portugal”, é parte do ‘PENSAARP2030’ e sugere que os sistemas tarifários têm margem para serem aumentados, pois a população de Portugal “tem capacidade de pagamento e paga muito menos que noutros países e sectores em Portugal”, cita o Jornal Económico esta terça-feira.
O estudo destaca a importância de uma atribuição mais inteligente e transparente dos subsídios e recomenda que a sua obtenção seja condicionada à melhoria dos resultados operacionais e que os objetivos sejam claros “através da quantificação de métricas associadas à eficiência dos serviços e à sua sustentabilidade económica e ambiental”.
Além disso, sugere que os subsídios sejam distribuídos de forma participativa, competitiva, e acompanhados de compromissos e prestação de contas.
Revisão do Fundo Ambiental
Ainda segundo o estudo, “é necessário rever de forma justa e adequada a alocação das verbas do Fundo Ambiental, que têm sido atribuídos de forma pouco clara e sem critérios transparentes ou objetivos. Só em 2024, o Fundo Ambiental tem uma dotação de cerca de 1.800 milhões de euros”, relembra o estudo.
Outra recomendação significativa é a expansão e universalização do tarifário social a todas as entidades gestoras, conforme a legislação portuguesa e as recomendações da entidade reguladora, que visa assegurar que as famílias que realmente necessitam possam beneficiar de tarifas mais acessíveis.
Em 2021, os subsídios para os serviços de abastecimento de água e saneamento em Portugal ultrapassaram os 223 milhões de euros, com mais de 121 milhões destinados à exploração.
Este montante implicou um custo de 12,3 euros por contribuinte. No entanto, o estudo aponta que, apesar deste investimento, o setor apresenta um desempenho médio abaixo do desejável, com um aumento das assimetrias entre as diferentes entidades gestoras.
No Norte do pais os contribuintes pagam mt mais pela agua. O que não se compreende quando é no Norte que existe mais agua.
Isso quer dizer que o Norte anda a pagar mais para o restante pais pagar menos!!
É inconcebível as politicas que se aplicam neste pais que não tem governantes.
A Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA) não representa os Portugueses nem tem qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para ditar ou influenciar o preço da água fornecida às Cidades, Vilas, e Aldeias, de Portugal.
É preciso acabar com os subsídios do Estado que são dados a associações, fundações, instituições particulares de solidariedade social, e demais entidades.
Eu tenho um furo que tem uma ótima agua (natural) e não posso usar, porque os tubarões assim o impedem…
Manutenção, eles só inventam…
Portugal paga menos em água mas tem também o salário mínimo mais baixo da Europa. Vale apena pensar nisto.