Consumidores de canábis têm mais probabilidades de sofrer consequências graves da COVID-19, independentemente da frequência de consumo.
Os consumidores de canábis têm mais probabilidades de sofrer consequências graves da COVID-19, desde hospitalização a internamento em unidades de cuidados intensivos, verificou um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington e da Universidade de Wisconsin-Madison que envolveu mais de 72 mil doentes.
A análise, publicada na revista JAMA Network Open, revelou que os indivíduos que relataram ter consumido canábis pelo menos uma vez no ano anterior à contração da COVID-19 tinham 80% mais probabilidades de necessitar de hospitalização e 27% mais probabilidades de necessitar de cuidados nos cuidados intensivos.
Independente da frequência de consumo, os consumidores de canábis enfrentam uma maior probabilidade de resultados graves para a saúde do que quem não fuma, diz o estudo.
“O que descobrimos é que o consumo de canábis não é inofensivo no contexto da COVID-19. As pessoas que referiram sim ao consumo atual de canábis, em qualquer frequência, tinham maior probabilidade de necessitar de hospitalização e de cuidados intensivos do que as que não consumiam canábis”, explica o autor sénior do estudo, Li-Shiun Chen, em comunicado citado pelo EurekAlert.
Ao contrário do tabagismo, que tem sido claramente associado a um risco acrescido de morte por COVID-19, o estudo não encontrou uma ligação definitiva entre o consumo de canábis e a mortalidade. No entanto, os resultados contradizem alguns estudos anteriores que sugeriam um efeito protetor da planta contra vírus como o SARS-CoV-2.
Os resultados negativos associados à canábis podem dever-se a potenciais danos no tecido pulmonar ou a uma supressão do sistema imunitário, consideram os investigadores, que também levantam questões sobre se o método de consumo de canábis — nomeadamente fumá-la ou comê-la —, influencia o nível de risco, embora os dados atuais sejam insuficientes para tirar conclusões definitivas.
E os estudos sobre a vacinação e os altos riscos associados? A Moderna já tirou as vacinas do mercado, a Pfizer está carregadinha de processos, mas na nossa Comunicação Social só se ouvem grilos.