Cientistas mapearam o genoma da última espécie de cavalo verdadeiramente selvagem

MAKY_OREL/ Pixabay

Uma equipa de investigadores da Universidade do Minnesota, nos EUA, conseguiu mapear e analisar o genoma completo do cavalo de Przewalski.

O cavalo de Przewalski, espécie outrora extinta na natureza, conta atualmente com 2.000 animais, graças a significativos esforços de conservação.

É considerada a última espécie de cavalo efetivamente selvagem que existe atualmente.

Num novo estudo, publicado o mês passado no G3: Genes, Genomes, Genetics, uma equipa de investigadores procurou sequenciar o genoma desta espécie rara de equídeos.

“O genoma é a chave para a identidade de uma espécie, para o que a torna única, é como se fosse um molde de um indivíduo. Além disso, também nos dá informação sobre a saúde de uma dada população”, diz o autor principal do estudo Christopher Faulk, em comunicado.

“Os meus alunos trabalharam em conjunto para produzir o genoma do cavalo de Przewalski de maior qualidade do mundo”, acrescenta.

Segundo o Ciencia Plus, os investigadores utilizaram uma amostra de sangue de Varuschka, uma égua de Przewalski de 10 anos do Jardim Zoológico de Minnesota, para construir um mapa representativo dos genes da espécie.

“Ficámos entusiasmados com a parceria da Universidade do Minnesota para preservar a saúde genética da espécie à medida que as suas populações continuam a recuperar, tanto nos jardins zoológicos como na natureza”, realça a coautora do estudo, Anne Rivas.

“Estamos ansiosos por oferecer à nossa comunidade a oportunidade de ver o cavalo como resultado dos nossos esforços de conservação”, afirma.

A tecnologia de sequenciação utilizada para construir o genoma utiliza uma pequena máquina. A sua portabilidade revela que este método pode ser adaptado para um estudo mais profundo sobre os cavalos de Przewalski selvagens em locais remotos.

As futuras aplicações do genoma de referência podem incluir o estudo de genes que ajudam o cavalo a adaptar-se às alterações ambientais, a identificação de mutações associadas a características ou doenças específicas e a informação de futuras decisões de reprodução para ajudar a melhorar a diversidade genética.

O esforço que os cientistas apresentaram é crucial para a continuação dos esforços de reprodução da espécie.

Soraia Ferreira, ZAP //

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