ESA
A missão BepiColombo foi lançada em 2017 para explorar o planeta Mercúrio
A BepiColombo foi lançada em outubro de 2018 como uma missão conjunta entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) para explorar a superfície e o interior de Mercúrio e o campo magnético do planeta.
Ambas as sondas, constituídas pela Mercury Planet Orbiter (MPO) da ESA e pela Mercury Magnetosphere Orbiter (MMO) da JAXA, foram lançadas em conjunto numa única nave espacial e cada uma entrará na sua respetiva órbita em torno de Mercúrio em dezembro de 2025.
No entanto, o recente problema com o sistema de propulsão da BepiColombo poderá pôr em risco a sua capacidade de completar a próxima assistência gravitacional.
Segundo o Quartz, o Módulo de Transferência, construído pela ESA e utilizado para produzir impulso, não forneceu energia elétrica suficiente aos propulsores da nave espacial antes de uma manobra agendada para 26 de abril.
Em resposta, a equipa da missão conseguiu restaurar o impulso da nave espacial para cerca de 90% do seu nível anterior até 7 de maio, mas a potência disponível do Módulo de Transferência ainda é inferior ao que deveria ser, pelo que o impulso total da BepiColombo ainda não pode ser restaurado.
A equipa está a tentar manter os atuais níveis de energia do sistema de propulsão da nave espacial, enquanto tenta estimar como é que o problema irá afetar as próximas manobras.
A BepiColombo deverá realizar a sua quarta assistência gravitacional a Mercúrio em setembro, antes da sua inserção orbital final. Durante uma assistência gravitacional, a nave espacial usa a gravidade de Mercúrio para abrandar à medida que se posiciona para entrar na órbita do planeta.
Se a nave mantiver os seus atuais níveis de potência, poderá chegar a Mercúrio a tempo da sua planeada assistência gravitacional, segundo a ESA.
A BepiColombo é apenas a terceira nave espacial a visitar este planeta, tão difícil de alcançar por causa da gravidade do Sol. A missão realizou o seu primeiro sobrevoo em outubro de 2021 e tem vindo a devolver imagens de grande proximidade do planeta mais pequeno do Sistema Solar.
