“O nosso momento Notre Dame”. Incêndio provoca queda de histórico edifício dinamarquês

RITZAU SCANPIX/EPA

Chamas e fumo erguem-se da antiga Bolsa de Valores em Copenhaga, Dinamarca.

Sede do Parlamento da Dinamarca e do Ministério das Finanças evacuada. Alguns cidadãos entraram para salvar obras de arte. Causa do incêndio ainda não foi apurada.

O edifício da Bolsa de Valores da Dinamarca, uma construção do século XVII e um dos marcos mais famosos da capital dinamarquesa, está esta terça-feira de manhã em chamas e o fogo já provocou a queda da torre do prédio.

Os serviços de emergência e os bombeiros dinamarqueses estão no local para tentar extinguir o incêndio, enquanto a polícia isolou uma grande área junto ao edifício localizado no centro da cidade de Copenhaga.

Por precaução, foram evacuadas várias alas do Castelo de Christiansborg, a sede do Parlamento da Dinamarca e do Ministério das Finanças que fica perto do edifício que se encontra a arder.

Segundo a agência Associated Press, enormes colunas de fumo são visíveis no centro de Copenhaga sendo que alguns cidadãos foram vistos a entrar para o interior do edifício para salvar obras de arte. São 400 anos de património cultural dinamarquês em chamas.

O Ministro da Cultura dinamarquês, Jakon Engel-Schmidt, disse que é “impressionante” ver como os transeuntes ajudavam os serviços de emergência “a salvar tesouros de arte e imagens icónicas do edifício em chamas”.

A Bolsa foi encomendada pelo Rei Cristiano IV e construída entre 1619 e 1640. Tem um pináculo de 56 metros em forma da cauda de quatro dragões entrelaçados. Foi a sede da bolsa de valores da Dinamarca até à década de 1970.

“Estamos a assistir a um espetáculo terrível. A Bolsa está a arder”, escreveu no X a Câmara de Comércio, que ocupa o edifício ao lado do Palácio de Christiansborg, sede do parlamento dinamarquês. “Pede-se a todos que se mantenham afastados.”

Várias ambulâncias encontram-se no local, mas não há registo de vítimas.

A Câmara de Comércio Dinamarquesa tem a sede no mesmo edifício, que foi construído em 1615.

O vice-primeiro-ministro, Troels Lund Poulsen, descreveu o incêndio como “o nosso próprio momento de Notre Dame“, referindo-se ao incêndio devastador que destruiu o telhado e a torre da catedral medieval de Paris em abril de 2019, há quase cinco anos.

ZAP // Lusa

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