A candidata pelo Bloco de Esquerda à Presidência da República, Marisa Matias
A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Marisa Matias vai suspender, a partir de quarta-feira, temporariamente, o mandato devido a uma intervenção cirúrgica.
Marisa Matias vai ser substituída por Isabel Pires, na bancada do Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, depois de a deputada recém-eleita pelo círculo do Porto ter suspendido temporariamente o mandato.
Em causa está uma cirurgia que já estava planeada antes das eleições, informou fonte do partido, à agência Lusa.
A antiga eurodeputada estará fora do parlamento já a partir desta quarta-feira para a realização da intervenção cirúrgica “prevista desde antes das eleições e retomará o seu mandato assim que seja possível do ponto de vista clínico”.
Marisa Matias será temporariamente substituída pela experiente Isabel Pires – que foi deputada do Bloco de Esquerda nas XIV e XV legislaturas.
De acordo com a mesma fonte oficial bloquista, durante este período de ausência de Marisa Matias será Joana Mortágua a ocupar as funções de vice-presidente da bancada parlamentar.
Estreia atribulada de Marisa Matias
Nas últimas eleições legislativas, Marisa Matias encabeçou a lista do BE pelo círculo eleitoral do Porto, sendo esta a sua estreia na Assembleia da República, depois de ter estado no Parlamento Europeu desde 2009 – onde estava como vice-presidente da Esquerda no Parlamento Europeu.
A dirigente bloquista, que integra os principais órgãos do partido como o Secretariado, a Comissão Política e Mesa Nacional, já foi protagonista principal de quatro candidaturas pelo BE: cabeça de lista ao Parlamento Europeu (2014 e 2019) e a candidata às eleições presidenciais de 2016 e 2021, apoiada pelo BE .
Marisa Isabel dos Santos Matias nasceu em Coimbra em 20 de fevereiro de 1976 e é socióloga, área na qual tem licenciatura, mestrado e doutoramento.
Desde cedo que se envolveu em causas estudantis e cívicas, tendo sido mandatária nacional do “Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim”, aquando do referendo nacional pela despenalização do aborto em 2007.
ZAP // Lusa
