Maior líder da oposição não foi à tomada de posse do novo Governo. A esta altura, e a julgar pela sua conferência de imprensa, estará a pensar que deveria ter ido.
Não é propriamente o assunto mais importante da política portuguesa, mas foi o assunto mais puxado pelos jornalistas na conversa com Pedro Nuno Santos: porque não foi à tomada de posse do novo Governo, na terça-feira.
“Não pude estar presente. Alexandra Leitão representou o PS. Não dá para tirar mais nenhuma conclusão do que simplesmente isso”, começou por responder em conferência de imprensa.
Mais à frente, nova tentativa: “Não pude estar presente. Ponto final“.
E ainda: “Não pude. Alexandra Leitão representou o PS. Não falou na altura, estou a falar agora”.
Perante a insistência dos jornalistas, o secretário-geral do PS avisou que não ia voltar a falar sobre esse assunto. Só estava disponível para responde a perguntas sobre tópicos “importantes para o país e para os portugueses”.
E a conferência de imprensa terminou sem justificação.
Horas depois, na RTP, precisamente Alexandra Leitão também foi questionada sobre o assunto: “Isso terá de ser respondido pelo próprio. Mas tem havido um empolamento do assunto. Não é relevante em termos políticos”.
Nos dois casos – Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão – ficou a sensação de desconforto quando falaram sobre o tema.
O gesto não foi acertado, segundo diversos comentadores políticos.
Luís Delgado escreve na revista Visão que “não lhe apeteceu (a Pedro Nuno) aparecer na posse do Governo. Ele sabe que cometeu um erro, uma deselegância, e que não agradou a muitos dos seus eleitores”.
Para Inês Serra Lopes, o líder do PS “escolheu não ir à tomada de posse de Montenegro e arrependeu-se”. Não foi “por motivos tácticos” e, por isso, não apresentou qualquer justificação, disse na CNN Portugal.
Ana Sá Lopes acha que Pedro Nuno não respondeu às perguntas sobre a sua ausência porque não quis responder: “Não tinha resposta e, provavelmente, já está arrependido. ‘Não pude. Não pude. Não pude’ – é claramente conversa de quem está arrependido e sabe que, politicamente, lhe é prejudicial. ‘Nāo pude’ não é uma justificação”, analisou, no jornal Público.
Mariana Mortágua e Paulo Raimundo também não foram à tomada de posse. BE e PCP foram os partidos sem qualquer representante na cerimónia.
Pior ainda , a exclusão do Bardo Monárquico ! ……Palhaçada !
Após apostarem num batalhão de comentadeiros facciosos, os média do sistema agarram em tudo o que podem para lhes dar assunto para comentar. Temo que de futuro qualquer político que espirre ou olhe para o lado será sujeito a uma analise criteriosamente enviesada sobre o sucedido.
Na falta dum presunto foi o toucinho-do-céu .
A preocupação jornalística é deveras importante neste caso .Ninguém é obrigado a ir onde não quer , ainda mais para ouvir recados de quem pouca legitimidade têm para os dar…
Pela insistência procuram quezília, apenas isso..
Não esquecendo que o fulano em causa – o mencionado «Pedro Nuno» foi recentemente demitido pelo Costa, ele próprio em breve auto-demitido perante a informação pública da Justiça – já vinha do governo do Sócrates bem como vários compinchas o governo Costa conhecidos por dever terem sido julgados e, seguidamente, metidos na cadeia à qual pertence. É disto que estamos a falar: a «geringonça» do Costa, do PS, do PCP e do BE que perverteram o regime português e deviam ter levado, se não fosse a falta de intervenção constitucional do «presidente Marcelo» promovendo a limpeza do sistema partidário em que Portugal está metido há mais de 30 anos!
À falta da Lucinda, que ainda deve estar a combinar com o PNS e restante batalhão da máquina de propaganda do PS o que é que deverá escrever aqui, vieram os seus acólitos comentar a inexplicável birra do um menino mimado…
Mas o tiro saiu-lhe pela colatra….
Não me recordo de ter visto o líder do PSD nas tomadas de posse dos governos do Costa. Alguém sabe se essa é a situação nmais comum ?
Luis Taylor, não tem de se lembrar. BASTA ver as imagens da ocasião e verá que estavam presentes. Questão de educação. Por mim não devia ir ninguém que aquilo não é um circo. Mas a realidade é que vão e manda a boa educação, que em nome da democracia se vá. Interessante é a posição do BE: não vai á tomada de posse de governos de direita. Para eles a democracia é assim. Só gostam se ganharem, se perderem não gostam. Quanto é posição do PCP nem se comenta. Na terra dos “patrões” (URSS) não havia essa coisa de democracia. Não gostavam particularmente….
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