Um site da internet francês que promove relações extramatrimoniais declarou-se hoje alvo de censura, depois de muitas queixas terem levado a sua publicidade a ser retirada de autocarros em várias cidades da zona de Paris.
Uma empresa de autocarros, a Keolis, confirmou que estava a retirar os anúncios do site Gleeden.com, particularmente na elitista cidade de Versailles, próxima da capital francesa, dizendo que recebeu mais de 500 queixas numa só semana, um número que contrasta com as 900 que costuma receber anualmente.
O anúncio apresenta uma maçã meia comida, com o slogan “o primeiro site para encontros extramatrimoniais concebido por mulheres“.
O grupo das Associações de Famílias Católicas, com sede em Paris, também apresentou uma queixa judicial contra a editora do site, Black Divine, “desafiando a legalidade do site e das suas campanhas publicitárias”, indicou o seu advogado.
“Não entendemos a reação exagerada, especialmente porque já fazemos publicidade há cinco anos“, disse Solene Paillet, uma porta-voz do site.
“A campanha tinha uma mensagem muito neutra e não era, de forma alguma, chocante“, acrescentou, classificando a decisão de retirar a publicidade como “retrógrada”, até porque a infidelidade não é crime em França desde 1975.
Na cidade de Rambouillet, o conservador presidente da câmara, Marc Robert, encabeçou a queixa contra os anúncios, depois de ter sido alertado por residentes.
“Considero este anúncio um claro incitamento ao desrespeito do código civil, que estipula o respeito mútuo, a fidelidade, a ajuda e assistência entre cônjuges”, frisou, numa carta enviada a uma das empresas de autocarros.
/Lusa
Se gostam e querem ser infiéis, porque se casam?! Ou não assumam relação nenhuma ou arranjem alguém que goste de ser adúltero também…