Há uma nova teoria sobre a sustentabilidade na produção de carne, que sugere a carne de cobra como uma das mais “amigas” do ambiente.
E se todos comêssemos cobras para salvar o planeta?
Um estudo, publicado esta quinta-feira na Scientific Reports, sugere que a carne de cobra pode ser mais sustentável do que as carnes mais “comuns”.
Investigadores do EPIC Biodiversitu acompanharam o crescimento de quase 5000 pítons reticuladas e birmanesas (Malayopython reticulatus e Python bivittatus) durante um ano, no sudeste asiático, analisando a eficiência alimentar, em comparação com outros animais.
De acordo com o líder da investigação, Daniel Natusch, as serpentes superam os outros tipos de gado estudados na taxa de conversão de alimento em carne: “Nenhuma espécie de estudada, até à data, demonstrou taxas de produção tão elevadas”, explicou, citado pela New Scientist.
Os investigadores dizem que, mais do que a eficiência da conversão de alimento em carne, o que torna a carne de serpente tão sustentável é o facto de serem alimentadas com carne de desperdício.
Daniel Natusch refere ainda que criar estas espécies é poupar: a carteira e a biodiversidade. Estas serpentes passam períodos de mais de 100 sem comer, perdendo, ainda assim, poucos pontos percentuais.
Tal significa que os agricultores podem parar de alimentá-las durante semanas ou meses se houver choques económico-sociais que interrompam as cadeias de fornecimento.
Por fim, gastronomicamente falando, os cientistas garantiram que sendo “bem preparada” este tipo de carne “é ótima”.