O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, destituiu o chefe de estado-maior das Forças Armadas Serhiy Shaptala – “número dois” da cúpula militar do país, após a demissão na véspera do comandante-chefe Valery Zaluzhny.
Depois de ter demitido o maior rival interno, Zelenskyy destitui, esta sexta-feira, o “número dois” das Forças Armadas ucranianas.
“Agradeço ao tenente-general Serhiy Shaptala os seus serviços durante estes dois anos de guerra”, indicou o Presidente durante um discurso, onde assinalou que a decisão foi adotada após uma reunião com o comando das Forças Armadas e o ministro da Defesa Rustem Umerov.
O comandante-chefe das Forças Armadas Oleksandr Syrsky, nomeado na quinta-feira em substituição de Zaluzhny, propôs o nome do major-general Anatoly Bargilevich para substituir Shaptala, de acordo com as declarações de Zelensky, citado pela agência noticiosa Unian.
“É uma pessoa com experiência, entende as missões desta guerra e os objetivos da Ucrânia”, assegurou o chefe de Estado, antes de destacar que esta remodelação também abrangeu “os adjuntos do chefe de estado-maior”.
Antes do “dois”, foi-se o “um”
Na véspera, para o lugar do antigo número um das Forças Armadas – o popular Valerii Zaluzhnyi – a Presidência designou como sucessor Oleksandr Syrsky.
A degradação da situação no terreno, com dificuldades no acesso a munições sobretudo dos Estados Unidos, e a complexa questão da mobilização militar terão acentuado as divergências entre Zelensyy e Valerii Zaluzhnyi.
Agora com Syrskyi – de 58 anos e que tem estado envolvido desde 2013 no esforço do exército ucraniano para adotar os padrões da NATO – o rumo pode mudar.
Após o anúncio, Zelenskyy foi pronto a pedir ao novo líder militar um plano de batalha “realista” contra a Rússia para 2024, após o fracasso da grande contraofensiva de Kiev em 2023.
Ucrânia precisou de renovar a liderança
A apenas duas semanas do segundo aniversário do início da invasão militar da Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, Zelenskyy está a levar a cabo uma profunda alteração da cúpula militar do país.
Em setembro passado, o Presidente tinha já decidido afastar o ministro da Defesa Oleksii Reznikov, sucedido por Rustem Umerov.
Em todos os casos, Zelensky justificou a decisão com a necessidade de renovar a liderança face à fracassada contraofensiva do verão passado e ao impasse ucraniano nas linhas da frente.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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Ninguém demite a loucura deste louco que anda a expor á morte lenta o seu próprio cidadáo e a prazo os europeus,,,