Rosa passou a ser uma cor mais frequente, ao longo dos últimos tempos. Mas a Física não vai na conversa.
A nova versão de Barbie convenceu milhões de seguidores de cinema, bateu recordes, encheu salas, mas não convenceu toda a gente.
Há poucos dias não convenceu o júri dos Globos de Ouro: o filme aparecia como favorito, com nove nomeações, mas ficou apenas com duas estatuetas, nenhuma delas de grande destaque.
E também não convence… os físicos.
Barbie trouxe para a ribalta, não só Margot Robbie (que já não precisava de tanta publicidade, dada a sua carreira), mas também o cor-de-rosa.
2023 foi um ano rosa. Surgiu uma espécie de “onda rosa” em diversos países, em inúmeros contextos.
No entanto, para o eletromagnetismo, a parte da Física que estuda a eletricidade e o magnetismo, a cor rosa nem existe.
O portal Deutsche Welle lembra que os físicos defendem que não há, no espectro da luz visível, um comprimento de onda associado aos tons rosados.
Para a física, o cor-de-rosa não existe.
Nós só conseguimos perceber resultados das ondas electromagnéticas que formam a luz visível; essas são as cores que vemos.
A luz branca do sol é uma combinação de todas as cores. Quando se decompõe, como num arco-íris, aparece a gama cromática.
A físico-química ensina-nos que os objectos reflectem certos comprimentos de onda, que os olhos captam e o cérebro interpreta como cores.
Esse espectro visível engloba uma faixa bem reduzida de frequências: ondas de 700 nanómetros no extremo inferior (vermelho) – e abaixo está o infravermelho, micro-ondas e ondas de rádio; e 400 nanómetros no extremo superior de energia (violeta) – acima está o ultravioleta, raios X e gama.
Nessa “viagem” nunca aparece o rosa, qualquer tom de rosado. O que percebemos, e o que o cérebro interpreta como cor-de-rosa, é na verdade uma combinação de vermelho e azul puro.
Claro que a percepção do ser humano comum não quer saber de questões da física. O rosa não existe no espectro electromagnético mas, para o olho da pessoa, existe.
E lembremos que o preto e o branco também são percepções criadas pela combinação de cores.
O artigo contém erros de linguagem: electromagnética? Não será electromagnetismo? Longitude? Não será comprimento de onda? Por favor tenham cuidado com as traduções.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.