Os hospitais notificaram 38.771 casos de infeção respiratória e 6.262 casos de gripe na época 2023/2024, segundo o Instituto Ricardo Jorge, que aponta uma mortalidade por todas as causas acima do esperado nas pessoas com mais de 45 anos.
De acordo com o último Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe e outros Vírus Respiratórios, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), das amostras analisadas desde o início da vigilância na época 2023/2024 (2 de outubro), o vírus da gripe A(H1) foi detetado em 88,7% dos casos de gripe.
Foram ainda detetados, desde outubro, 118 casos de coinfecção pelo vírus da gripe e SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.
Só na última semana do ano foram identificados 1.472 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 1.372 do tipo A e 49 do tipo B. Em 147 dos casos foi identificado o subtipo A(H1) e em 14 o subtipo A(H3).
Desde o início da época de vigilância, foram reportados 85 casos de gripe pelas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que colaboram na vigilância. Do total de casos, 85,9% (73) têm doença crónica subjacente e 91,8% (78) têm recomendação para vacinação contra a gripe sazonal, mas apenas 36,1% (22) estavam vacinados.
O Instituto Ricardo Jorge diz que “o aumento da proporção de casos de gripe em UCI observado na semana 52/2023 pode refletir o aumento na circulação do vírus da gripe, no contexto do aumento da interação social, sem medidas de proteção individual, após um período de circulação reduzida durante a pandemia de covid-19“, acrescenta.
Segundo o INSA, desde o início da época de vigilância foram detetados outros vírus respiratórios em 106 casos de infeção respiratória aguda/sindrome gripal (IRA/SG), dos quais três são casos de co-infeções. Os vírus detetados foram rinovírus (67), vírus sincicial respiratório (17), coronavírus (6), parainfluenza (13), Adenovírus (1) e enterovírus (5).
ZAP // Lusa