Devemos a nossa vida à Lua

Haver vida na Terra é uma sorte… “sorte”… ou uma obra da Lua. O nosso satélite natural não é apenas um corpo celeste companheiro da Terra, mas também um elemento essencial que contribuiu para a criação de um ambiente propício ao surgimento e manutenção da vida no nosso planeta.

A Lua tem um papel fundamental na existência de vida na Terra.

A singularidade do nosso satélite natural, em comparação com as luas de outros planetas é notável.

Nenhum outro planeta tem uma lua com uma massa relativa “tão próxima” à do seu planeta como a nossa.

A Lua representa cerca de 1% da massa da Terra, uma proporção sem precedentes na nossa galáxia.

Mesmo as grandes luas dos gigantes Júpiter e Saturno, por exemplo, são proporcionalmente inferiores, em comparação com a massa dos respetivos planetas.

Os modelos atuais de formação lunar sugerem que a Lua se formou como resultado de uma colisão entre a Terra primitiva e um corpo de tamanho de Marte, comummente chamado de Theia, há 4,5 mil milhões de anos.

De acordo com estes modelos, a colisão violenta entre Terra e Theia atirou para a órbita rocha fundida e metal, que acabaram por se juntar e formar a Lua.

Desde então que a Lua tem um papel crucial – não só na formação – mas principalmente na estabilização da inclinação axial da Terra, que é vital para a manutenção das nossas estações

Como explica a Universe Today, sem a Lua, a inclinação da Terra estaria sujeita a variações drásticas, afetadas pelas dinâmicas internas do planeta e pela influência gravitacional de Júpiter.

Tais variações resultariam em mudanças climáticas extremas e imprevisíveis, desafiando a evolução da vida.

Atualmente, a Terra tem uma inclinação axial de 23,5 graus. Tal inclinação faz com que existam estações do ano, com metade do ano com o polo norte voltado para o Sol e a outra metade com o polo sul em posição inversa.

A Lua atua como um contrapeso gravitacional, estabilizando a inclinação da Terra e permitindo que a vida evolua sem ter de enfrentar mudanças climáticas drásticas.

Miguel Esteves, ZAP //

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