Projecto de investigação português desvendar o impacto da prática regular de exercício físico na cognição e na função cerebral.
Quais são os melhores exercícios físicos para evitar o declínio cognitivo no envelhecimento?
Um projecto da Universidade de Coimbra quer descobrir e está à procura de voluntários.
A investigação quer desvendar o impacto da prática regular de exercício físico na cognição e na função cerebral.
Em comunicado enviado ao ZAP, a Universidade de Coimbra explica que este estudo vai analisar os efeitos do exercício regular no cérebro e em biomarcadores de neuroinflamação e neurogénese.
“O exercício físico tem a capacidade de reverter ou atrasar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento”, lembra a investigadora Ana Maria Teixeira.
Esta análise quer investigar qual o tipo de programa de exercício que oferece um maior benefício e quais as alterações cerebrais que resultam do exercício e que melhor explicam as melhorias observadas.
Depois, a ideia é informar qual a melhor forma de usar o exercício físico para prevenir a perda de capacidades cognitivas e as doenças cerebrais associadas ao envelhecimento.
“Espera-se também um aumento da capacidade física e funcional dos participantes e consequente melhoria na qualidade de vida”.
Para isso, são precisos voluntários da região de Coimbra, com idades entre 55 e 75 anos. O programa gratuito de exercício vai durar 12 semanas no próximo ano, no Estádio Universitário de Coimbra; serão dois treinos semanais, cada um com a duração de 45 minutos.
A função cerebral e os biomarcadores de neurogénese (processo de formação de neurónios no cérebro) vão ser testados antes e depois dos programas de exercício, para aferir o impacto do programa na função cerebral dos participantes, através do eletroencefalograma (EEG).