Se odeia o que faz no emprego, não pense que está sozinho: a felicidade no emprego parece que está num fundo inédito.
A Grande Demissão. Uma expressão que poderia ser confundida com A Grande Depressão. Mas não é a mesma coisa.
Em 2021 já abordámos aqui a outra pandemia da altura nos Estados Unidos da América: os despedimentos.
Numa fase em que a economia até estava a melhorar, os habitantes dos EUA estavam a deixar o seu emprego. 4 milhões demitiram-se só num mês.
As pessoas estavam esgotadas, insatisfeitas, queriam trabalhar em casa, queriam nova oportunidade ou salário mais alto. Os motivos eram diversos.
Agora as pessoas já não se estão a demitir tanto. Continuam no emprego mas… tristes.
Agora passamos pela Great Gloom, que pode ser traduzido como a Grande Melancolia, ou Grande Tristeza.
A felicidade no emprego está a cair continuamente, e consideravelmente, desde 2020 (ano do início da pandemia), cita a revista Fast Company, olhando para um relatório da BambooHR.
Já não há a sensação de “altos e baixos” no emprego, aquela instabilidade que até é necessária. Agora os trabalhadores entraram numa fase de resignação e apatia.
O problema não será a motivação; o problema real é a desconexão entre o funcionário e o propósito da empresa.
Muita gente perdeu o seu propósito no emprego. Não consegue recuperar uma espécie de alinhamento entre aquilo que defende, aquilo que quer mesmo fazer, e entre o que a empresa está a fazer.
Por outras palavras: o trabalhador sente-se “desligado”.
Mas nem se demite, nem… trabalha. Não se esforça para voltar a estar alinhado com a empresa: acaba por ficar sentado, estagnado.
Para tentar reverter isto, para tentar melhorar o ambiente laboral, é essencial criar um local seguro, saudável. E, nesse contexto, o ponto central é ter um diálogo aberto entre líderes e funcionários. Pedir opinião genuína e constante, dar opiniões – críticas e elogios – sinceros.
Compreensão e ligação entre trabalhador e direcção, no fundo.