A Assembleia Geral extraordinária do FC Porto de 13 de novembro – marcada por violência – foi uma “noite má”, mas “podia ter sido pior”, considerou Pinto da Costa. Numa entrevista à SIC, esta terça-feira, o presidente dos azuis-e-brancos aproveitou para mandar uma “indireta” ao Benfica, pelos 0 pontos na Liga dos Campeões; agradecer a Frederico Varandas, por estar contra ele; e confessar a admiração que tem por Fernando Madureira.
A “noite negra” de 13 de novembro de 2023 ficou marcada, negativamente, na memória dos adeptos do Futebol Clube do Porto.
Desacatos e violência no Dragão Arena levaram à interrupção e cancelamento da Assembleia Geral (AG) extraordinária de deliberação sobre mudanças estatutárias nos estatutos do clube.
Esta terça-feira, em entrevista à SIC, o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, apesar de ter reconhecido e condenado o “momento mau”, considerou que, “se a polícia tivesse entrado no pavilhão, tudo podia ter sido pior“.
“Desgostou-me ver sócios contra sócios e, depois, ver sócios que, perante um problema interno nosso, transmitiram-no através das televisões, fazendo daquilo uma vitória. Foi uma noite má para todos os que são do FC Porto. Agora, se há uma noite má em nossa casa, devemos criticá-la e censurá-la. Não é torná-la pública para que os nossos inimigos possam fazer disso uma bandeira nacional”, disse o dirigente.
“Intervir para apelar à calma? Não o fiz, já que não me competia. Quando as pessoas entram em zaragata, eu não tenho poder para ir lá separá-las. Não sou segurança”, recordou, convicto de que a presença das forças policiais naquele evento privado “poderia ter evitado” danos, mas “era capaz de ser pior”.
“Até parece que houve tiros… Não foi ninguém para o hospital, se calhar se a polícia entrasse poderia ser pior. Sempre que vejo a polícia a entrar num estádio para cumprir a sua missão leva logo assobiadela…”
A “bicada” ao Benfica
Entre os temas da entrevista estiveram também as contas dos dragões, apesar de Pinto da Costa ter voltado a desvalorizar o assunto, sublinhando várias vezes que quando os adeptos vão ao museu não vão ver as contas, mas sim os troféus.
O dirigente explicou que a estratégia de venda de Otávio, ao Al Nassr, perto do fim do fecho do mercado, ajudou a equilibrar as contas do FCP.
Apesar de ter dito que não gosta de falar dos rivais, Pinto da Costa fez questão de referir – aproveitando para mandar uma ‘bicada’ ao Benfica – que, mesmo sem o internacional português, que era uma jogador-chave na equipa, o FC Porto tem conseguido apresentar resultados na Champions, “ao contrário de outros”.
“Já falamos que os 60 milhões de euros da venda de Otávio entram até dezembro. Se vendêssemos antes, as contas estavam equilibradas. Fizemos bem em vender por 60M. O nosso objetivo também é desportivo. Os outros [Benfica] venderam jogadores, ganharam dinheiro, quantos pontos têm na Champions?… Zero. Nós estamos a uma vitória de estar nos oitavos da Champions. Por isso não vendemos jogadores que nos quiseram comprar, vários… E não vendemos.”
Na tarde de terça-feira, ainda antes da entrevista, o FC Porto revelou que, em 2022/23, obteve um resultado líquido negativo de 2,430 milhões de euros, num “ligeiro desagravamento” de 265.000 euros face aos 2,695 negativos da época anterior.
“Em dezembro os capitais próprios vão estar, se não positivos, muito perto disso. O que me importa é que o Sérgio Conceição desde que veio tem 10 títulos no museu. Os sócios que vão ao museu vão ver as taças, não os capitais que são negativos”, disse Pinto da Costa.
A “medalha” de Varandas
Questionado sobre a relação com os presidentes, Pinto da Costa não falou de Rui Costa, mas fez questão de “agradecer” a medalha a Frederico Varandas.
“Quando um presidente de um clube como o Sporting aproveita oportunidades para ser contra mim e ver se me tira daqui, eu fico contente, é uma medalha para mim”, ironizou o presidente do FC Porto.
“Fiquei muito contente por ver que um presidente de um clube rival está muito interessado na minha saída. Fiquei muito contente, como fico quando vejo diariamente uma estação concorrente da sua, tem lá quatro sujeitos para dizer mal de mim. É sinal que querem que eu saia. A vida é deles. Têm a sua maneira de falar. Não há relação com eles…“, rematou
A admiração por “Macaco”
Jorge Nuno Pinto da Costa enalteceu o papel dos Super Dragões (SD): “Nos jogos fora do FC Porto, se não fosse a claque, estávamos sempre a jogar sozinhos. Contra o resto”.
O dirigente confessou ainda ter admiração por Fernando Madureira, quando questionado se o líder dos SD prejudicaria o alto eleitoral.
“Não me preocupa nada, porque sou amigo de quem sou, sei com quem conto. Não tenho amizade especial com Fernando Madureira, não é meu parceiro de todos os dias. Tenho boa relação, admiro-o, porque se formou, fez o seu curso…”
Após a entrevista, Fernando Madureira publicou, na sua página de Instagram, uma fotografia onde aparece acompanhado por Pinto da Costa, tendo sustentado que “Deus da as maiores batalhas aos mais valentes guerreiros!”
“Para derrubarem o Rei têm de passar por cima de nós [Super Dragões] Contra tudo, contra todos e contra os tolos!”, acrescentou.
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Esse cão velho deve estar a fazer a sua vida às custas do clube, por isso não larga o osso. E olhem o outro parvo a lamber-lhe as bolas do velho cão. Que cena degradante.
Um bandido será sempre um bandido….
Isto é Portugal no seu melhor, noutro pais da europa é impensável. Se queremos ser grandes, tem de ser a pessoa, o futebol clube do Porto, sem duvida que é uma nação……..quem o gere, tem de estar a altura. Na politica é igual, todos querem ser grandes quando de grande, nada têm, Sr. Pinto da Costa, viva grande mas deixe os novos trabalhar, gerir e dar cara e corpo ás balas, pois eles é que têm capacidade de inovar.
O padrinho!…
Tadinhos, todo o mundo lhes quer mal….
Não é o fcp que é um alvo a abater, é AQUILO em que o fcp se transformou (ou, que, se calhar sempre foi, mas no passado era menos evidente).
Resta perceber se este ‘grande dirigente’ o “transformou” ou se o “deixou transformar-se” – na verdade não importa, o resultado é o mesmo, são aquilo que são.