Cortesia / carVertical
Os carros recentes também são adulterados. Porsche é a marca que se destaca em Portugal mas há outras marcas com percentagens elevadas.
As fraudes nos conta-quilómetros não acontecem apenas nos carros mais antigos.
O esquema é conhecido há anos: diminui-se o número de quilómetros que o carro já percorreu, que dá jeito sobretudo a quem quer vender e quer convencer que a viatura está mais “fresca” do que realmente está.
Um carro com essa alteração pode ser 25% mais caro do que seria com os quilómetros reais no ecrã.
Em Portugal, no que diz respeito a carros usados, os mais procurados são os que têm entre 3 e 5 anos.
Dentro desse universo, nos carros com menos de 5 anos, há fraude nos conta-quilómetros em 4,5% dos veículos.
O número foi partilhado pela carVertical, em comunicado enviado ao ZAP.
É mais provável encontrar esse esquema em carros importados – não há troca de informações entre países.
“Algumas pessoas que compram veículos novos comprometem-se a não exceder uma determinada quilometragem para conseguirem um financiamento mais vantajoso ou baixarem as mensalidades. No entanto, os condutores fraudulentos tendem a ignorar estes acordos e limitam-se a reverter os valores dos conta-quilómetros, para assim fingirem cumprir as regras acordadas”, afirma Matas Buzelis, perito automóvel da carVertical.
A marca onde se verificou a maior probabilidade de fraude, em Portugal, foi a Porsche: 14,3% de todos os modelos com menos de 5 anos têm a quilometragem adulterada.
Seguem-se Opel (10,1%), Audi (6,3%), Renault (5,6%) e Volkswagen (5,5%).
A mesma empresa estima que um carro em Portugal percorre, em média, 32.793 km ao fim de um ano.
