Cerca de 5.000 gregos saíram às ruas da cidade de Tessalónica para protestar contra os novos bilhetes de identidade do país, que serão lançados a partir de 25 de Setembro.
Os novos documentos de identificação na Grécia, em formato de cartão e que podem ser lidos por dispositivos eletrónicos, tornaram-se alvo de polémica alimentada por teorias de conspiração.
Os críticos do novo sistema afirmam que os cartões têm um chip de geolocalização e vão contribuir para a criação de uma “sociedade Orwelliana“, onde os dados pessoais, médicos e laborais dos cidadãos são arquivados e acessíveis pelo Estado.
“Vamos a qualquer lado e eles podem aceder ao nosso ficheiro completo. Para mim, é inaceitável“, disse um dos manifestantes.
A questão da privacidade não é a única preocupação: há também quem tenha receios relacionados com questões de fé religiosa.
“O bilhete de identidade é um selo. Somos contra selar o anticristo. Somos contra o sistema do anticristo, contra as medidas do anticristo“, afirmou à Euronews um sacerdote ortodoxo que participava na manifestação.
“Eles estão a tentar impor-nos, através da identidade biométrica digital, a escravatura total da espécie humana, por assim dizer. O controlo absoluto, o ‘Big Brother’, em poucas palavras… É por isso que estamos aqui hoje”, disse outro dos manifestantes.
O Primeiro-Ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, sustenta que os novos bilhetes fazem parte de um sistema unificado de identificação na União Europeia e nega as alegações de que os cartões incluem mecanismos de vigilância, como chips ou microfones.
“São uma minoria bastante pequena da sociedade grega. Os cartões não contêm chips, nem câmaras, nem microfones, nem outras coisas de que ouvimos falar. Que os cidadãos não se tornem vítimas de troça“, pediu o governante.
A maioria dos opositores parece ser composta por elementos profundamente religiosos da sociedade grega. A Igreja Ortodoxa deverá emitir um comunicado oficial em breve e já está prevista uma nova manifestação em Atenas para a próxima semana.
Quanto a estarmos a entrar na sociedade do Big Brotherr concordo! Temos que escolher como queremos viver e impedir a Globalização dos comportamentos dos governos de forma a haver formas diferentes: quem quer viver no Big Brother que viva!
Eu não quero!