A Marcha por Emprego e Liberdade sobre Washington, que levou à capital norte-americana 250 mil pessoas, é considerada uma das maiores e mais importantes manifestações de justiça racial na história dos Estados Unidos da América.
A 28 de agosto de 1963, uma “marcha pelo Emprego e Liberdade” levou a Washington cerca de 250.000 pessoas.
O protesto não violento, junto aos degraus do Lincoln Memorial, proporcionou o impulso para a aprovação pelo Congresso norte-americano de legislação histórica sobre direitos civis e direitos de voto nos anos que se seguiram.
A marcha ficou também marcada pelo famoso discurso “I Have a Dream“, de Martin Luther King Jr., no qual o líder da comunidade negra do país manifestou a sua esperança de igualdade racial nos Estados Unidos.
Organizada por várias organizações, incluindo a NAACP e a Irmandade de Sono de Carros Pullman, uma das maiores manifestações políticas pela igualdade racial na história dos Estados Unidos.
A Marcha sobre Washington ajudou a pressionar o governo dos Estados Unidos a aprovar a Lei dos Direitos Civis de 1964 e a Lei de Direitos de Voto de 1965, dois marcos fundamentais na legislação dos direitos civis dos Estados Unidos.
Martin Luther King Jr. viria a ser assassinado em abril de 1968 em Memphis, no Estado do Tennessee.
Sonho por cumprir
Este fim de semana, 60 anos após a marcha, líderes afroamericanos da causa dos direitos civis e uma coligação multirracial e interreligiosa de aliados reunir-se-ão no em Washington para assinalar a data.
A comemoração deste ano ocorre num momento particularmente difícil na história norte-americana, após a erosão dos direitos de voto em todo o país e a recente rejeição da discriminação positiva nas admissões universitárias e no direito ao aborto pelo Supremo Tribunal.
É também também num momento de ameaças crescentes de violência política e ódio contra pessoas de cor, judeus e membros da comunidade LGBT.
E sessenta anos depois da histórica Marcha sobre Washington, o “sonho” de Martin Luther King Jr. continua por realizar, com a maioria dos norte-americanos a considerar insuficientes os esforços em prol da igualdade racial.
Um levantamento do Pew Research Center indica que 52% dos inquiridos acreditam que os esforços para garantir a igualdade para todos, independentemente da raça ou etnia, não foram suficientemente longe, enquanto 20% dizem que foram longe demais e 27% que foram na medida certa.
Muitos desses cidadãos ouvidos na sondagem argumentam que vários sistemas precisam de ser completamente reconstruídos para garantir a igualdade.
O sistema prisional está no topo da lista, com 44% deste grupo a dizer que precisa de ser completamente reformado. Mais de um terço diz o mesmo sobre o policiamento (38%) e o sistema político (37%).
47% dos inquiridos dizem que Martin Luther King teve um impacto muito positivo no país e 38% admitiram que as suas próprias opiniões sobre a igualdade racial foram influenciadas em grande parte ou em quantidade razoável pelo legado de King.
Além disso, 60% dizem ter ouvido ou lido muito sobre o discurso “I Have a Dream”. Os adultos negros são os mais propensos a admitir isso, com 80%, em comparação com 60% dos adultos brancos, 49% dos adultos hispânicos e 41% dos adultos asiáticos.
Biden reúne-se com família de Luther King
O Presidente norte-americano, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, comemorarão o 60.º aniversário da histórica Marcha sobre Washington de Martin Luther King Jr. reunindo-se com familiares do líder afroamericano e organizadores do protesto de 1963.
A reunião na segunda-feira na Sala Oval da Casa Branca realizar-se-á seis décadas após o então presidente John F. Kennedy e Martin Luther King Jr. se terem reunido no mesmo edifício na manhã da marcha, em 28 de agosto de 1963.
Biden discursará também na segunda-feira, numa receção na Casa Branca em comemoração do 60.º aniversário do Comité de Advogados para os Direitos Civis Garantidos pela Lei, uma organização jurídica apartidária e sem fins lucrativos que foi criada a pedido de Kennedy para ajudar a defender a justiça racial.
A Casa Branca diz que Biden e Harris, que procuram a reeleição em 2024, estão a trabalhar arduamente para promover o sonho de King, de oportunidades iguais para todos os norte-americanos.
Harris é a primeira mulher de ascendência afroamericana a ser vice-presidente do país.
Biden assinou ordens executivas para promover a justiça racial e a equidade em todo o Governo federal e para expandir o acesso ao direito de voto, mas esta estagnou num Congresso dividido.
Recentemente, o presidente Democrata designou um monumento nacional em homenagem a Emmett Till e sua mãe, Mamie Till-Mobley, adolescente negro de Chicago torturado e morto em 1955 depois de ser acusado de assobiar a uma mulher branca no Mississippi.
O assassínio de Emmett Till ajudou a galvanizar o movimento dos Direitos Civis.
Harris tem falado abertamente sobre o que diz serem tentativas de “extremistas” de reescrever a história afroamericana, incluindo a recente aprovação pelo Conselho de Educação da Florida de um currículo letivo revisto de acordo com legislação assinada pelo governador Ron DeSantis, um candidato presidencial Republicano.
Esses novos padrões incluem a instrução de que as pessoas escravizadas foram beneficiadas pelos conhecimentos que adquiriram enquanto estavam em cativeiro.
Por outro lado, a Casa Branca afirma que os cidadãos negros norte-americanos estão a beneficiar das políticas económicas e sociais de Biden, incluindo o baixo desemprego.
As autoridades observam as inúmeras nomeações para tribunais federais de mulheres negras, incluindo a de Ketanji Brown Jackson para a mais alta instancia judicial, o Supremo.
Também apontam para os quase 6500 milhões de euros em ajuda à rede nacional de faculdades e universidades historicamente negras e os esforços do Governo de Biden para perdoar milhares de milhões de dólares em dívidas de empréstimos estudantis.
ZAP // Lusa
Humanistas e Filantrópicos …….Houve ! ………….. Estorvaram os Criminosos assassinos e foram liquidados . Hoje o Mundo está nas mãos do piorio que há !