Messi pode ser o melhor da Europa…por vencer o Mundial, justifica a UEFA

EPA/Friedemann Vogel

Lionel Messi celebra golo contra a Austrália nos oitavos de final do Mundial de 2022

Apesar de uma campanha pouco convincente no PSG, ‘La Pulga’ pode mesmo vir a bater dois “citizens”, campeões europeus e de duas competições internas, na corrida a melhor jogador da Europa em 2022/23, uma vez que a conquista na FIFA entra nos critérios de decisão.

Os dois “citizens”,o belga Kevin De Bruyne e o norueguês Erling Haaland, campeões da europa, campeões nacionais e vencedores da taça de Inglaterra, estão justificadamente nomeados para futebolista da época 2022/23 da UEFA. Qual é a justificação para a nomeação de Lionel Messi?

Apesar de o argentino jogar atualmente fora da Europa, o prémio olha para a época passada, na qual os franceses do PSG contaram com os serviços de ‘La Pulga’. Mas, apesar dos 21 golos e 20 assistências, Leo fracassou redondamente no coletivo, na Europa — um dos critérios mais valorizados nos prémios de melhor jogador.

Apesar de mais um campeonato e uma taça interna no palmarés, Messi e a sua equipa de galáticos foram afastados da maior competição europeia nos 16-avos de final na época passada, numa campanha, mais uma vez, vista como desastrosa.

As críticas à nomeação de Messi começaram a surgir vindas de indignados e surpreendidos amantes do desporto e a UEFA viu-se “forçada” a explicar-se.

De acordo com o organismo, Messi foi escolhido para a lista final à frente de outros jogadores como Rodri ou Gundogan devido… à sua campanha fora da UEFA.

A presença do argentino, que venceu o Mundial 2022 pela Argentina naquela que foi  sua maior conquista coletiva no futebol, foi assim justificada:

“Apesar de Messi ter participado por Paris e terminado a temporada com o seu segundo título da Ligue 1, foram as suas conquistas no Campeonato do Mundo da FIFA com a Argentina que chamaram a atenção”, lê-se na justificação da UEFA, que reforça a ideia com os três melhores jogos da época do galático: duas vitórias pela Argentina e a goleada diante do Maccabi Haifa (7-2) na Liga dos Campeões.

O vencedor, que sucederá ao francês Karim Benzema, será conhecido em 31 de agosto, no decorrer da cerimónia do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, que terá lugar no Fórum Grimaldi, no Mónaco.

A lista final esta quinta-feira conhecida resulta da votação de um júri composto pelos treinadores dos clubes que disputaram a fase de grupos das competições europeias da última época, juntamente com os treinadores das seleções seniores masculinas e jornalistas.

A votação contemplou ainda o alemão Ilkay Gündogan (Manchester City/FC Barcelona, 129 pontos), os espanhóis Rodri Hernández (Manchester City, 110) e Jesús Navas (Sevilha, 6), o francês Kylian Mbappé (PSG, 82), os croatas Luka Modric (Real Madrid, 33) e Marcelo Brozovic (Inter/Al Nassr, 20), o inglês Declan Rice (West Ham/Arsenal, 14), e o argentino Aléxis MacAllister (Brighton/Liverpool, 12), que ficaram fora dos finalistas.

Nas competições europeias, a Liga dos Campeões foi ganha, em estreia, pelo Manchester City, a Liga Europa pelo Sevilha, pela sétima vez na sua história, e a Liga Conferência Europa pelo West Ham, em ano que a Argentina fechou com o título mundial.

Além dos nomeados entre os jogadores masculinos, a UEFA anunciou igualmente o trio finalista de treinadores, distinção a que concorrem Pep Guardiola (Manchester City), Simone Inzaghi (finalista da ‘Champions’ com o Inter) e Luciano Spalletti, que permitiu ao Nápoles ser campeão italiano, 33 anos depois.

O organismo do futebol divulgará apenas na próxima semana os nomeados para melhor jogadora feminina e melhor treinador de femininos na próxima semana e quando ainda decorre, com a final entre Inglaterra e Espanha no domingo, o Mundial feminino.

ZAP // Lusa

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