A China vai proibir menores de 18 anos de aceder à internet durante a noite nos seus smartphones, e limitar o tempo de ligação. O anúncio da medida provocou a queda de ações na Bolsa de Hong Kong.
Os chineses menores de 18 anos vão ser impedidos de aceder à internet, com os seus smartphones, durante o período noturno, e o seu tempo de permanência online será limitado.
As restrições, previstas num novo pacote legislativo apresentado esta quarta-feira, entram em vigor a 2 de setembro, após uma consulta pública obrigatória.
A nova lei prevê que o uso de smartphones para aceder à internet seja proibido entre as 22h00 e as 6h00.
Além disso, será adotado um sistema que limita o tempo diário de ligação dos smartphones à internet. Os menores de oito anos apenas poderão estar ligados durante 40 minutos, e os jovens de 16 e 17 anos durante duas horas.
No entanto, se assim o desejarem, os pais das crianças abrangidas por estas limitações poderão desativar estas restrições.
As novas regras, propostas pela Administração do Ciberespaço da China (CAC), implementadas com a ajuda de recursos técnicos que garantirão a sua eficácia, estão entre as mais severas do setor.
O objetivo destas medidas, segundo a CAC, é “criar um ambiente de internet seguro e saudável para os menores“, na sequência de outras ações adotadas nos últimos anos “para reduzir a absorção de menores pela internet”.
O anúncio das novas medidas provocou a queda das ações de várias empresas chinesas do setor de tecnologia na Bolsa de Hong Kong. Foi o caso da Tencent, que caiu quase 3%, e do e Baidu, que registou uma queda de 3,75%.
A China, o país com mais utilizadores da Internet no mundo, tem mantido nos últimos anos um controlo apertado da informação online. Em julho, o governo encerrou 21 mil contas e deteve 620 pessoas, para “conter rumores na Internet e manter um ambiente saudável no ciberespaço“.
O ano passado, foi aprovada legislação para regular os serviços de redes sociais e plataformas de vídeo para que revejam os comentários escritos pelos utilizadores antes de serem publicados. As regras existentes estipulam que os utilizadores de redes sociais se registem com identidades reais antes de deixar comentários.
Google, Facebook, Twitter ou YouTube são alguns dos serviços que estão bloqueados no país há já vários anos.
A República Popular da China (RPC) uma vez mais a dar o exemplo, parabéns.
A outra vez que deram o exemplo deve ter sido na praça de Tiananmen
@Figueiredo: A China tem de facto exemplos fantásticos na sua história. Desde a matança na praça Tiananmen ao genocidio dos Uigures, passando pelas violentas repressões sobre os Tibetanos. A fantástica liberdade de expressão deve ser outro exemplo incontornável. Parabéns… sem dúvida.
Pois, pois, por cá os exemplos são do melhor que há! Basta de cinismo e hipocrisia.
Mas quê?!?? Onde é que ocorreu um genocídio em Portugal?! E tivemos alguma matança como na praça de tiananmen?!?? Devo ter estado hibernado… Passou-me ao lado…