Chega tem “factos de natureza criminal” sobre a TAP

Rodrigo Antunes / LUSA

O presidente do Chega, André Ventura

André Ventura anunciou que o partido vai entregar outros elementos à Procuradoria-Geral da República.

O líder do Chega, André Ventura, afirmou esta sexta-feira que vai “fazer chegar” à Procuradoria-Geral da República (PGR) factos e elementos que considera importantes e de “natureza criminal” sobre a TAP.

“O Chega vai fazer chegar à Procuradoria-Geral da República todos os factos e elementos que entendemos serem importantes independentemente do que consta no relatório final aprovado pelo PS”, afirmou, referindo-se a “elementos que parecem de natureza criminal”.

André Ventura deu como exemplos “a questão da recolha do computador”, pelo SIS, do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, “a classificação de documentos pelo ministro João Galamba, indemnizações fora da lei” e os “55 milhões e a forma como foram pagos a David Neeleman”.

O líder do Chega manifestou desilusão com o relatório da comissão parlamentar de inquérito à TAP e considerou que as alterações que o PS aceitou não passaram de “uma cortina de fumo para que a verdade não viesse a lume”.

“É um documento muito pobre, muito pouco fiável em relação à realidade e que muito pouco transmite aos portugueses sobre o que foi a comissão de inquérito”, criticou, considerando que “desprestigia o parlamento”.

Na quinta-feira, o PS aprovou sozinho o relatório final da comissão parlamentar de inquérito à TAP, tendo os deputados de PSD, Chega, IL, PCP e BE votado contra.

Na véspera desta votação foi conhecida a nova versão do relatório na qual a relatora, a socialista Ana Paula Bernardo, incluiu cerca de 40% das propostas de alteração apresentadas por PS, Chega, PCP e BE, tendo sido os comunistas a liderar no número de propostas acolhidas.

Esta sexta-feira, perante os jornalistas, André Ventura indicou também que o Chega “optou por não estar presente nem na receção” ao Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, na Assembleia da República, “nem no jantar oficial que decorrerá no Palácio da Ajuda”.

O deputado justificou esta decisão sustentando que “regimes claramente ditatoriais” têm “legitimidade para visitar” Portugal, mas “não devem ser acolhidos com honras diplomáticas”.

// Lusa

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