Yevgeny Prigozhin prevê um desfecho complicado em Bakhmut. Corrupção endémica na Rússia deve originar o “colapso” do regime de Putin.
O chefe do grupo militar privado russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que os seus homens, que combatem na cidade ucraniana de Bakhmut, carecem de munições e que uma contra-ofensiva ucraniana pode representar “uma tragédia” para a Rússia.
Em entrevista a um correspondente de guerra pró-russo, Prigozhin afirmou que o grupo Wagner dispõe de 10% a 15% das munições de que necessita, atribuindo tal penúria a altos militares russos, e alertou para uma contra-ofensiva ucraniana em meados de maio que “poderá ser uma tragédia” para a Rússia.
O grupo militar Wagner esteve na linha da frente dos combates em Bakhmut.
A Ucrânia, que foi invadida pela Rússia há pouco mais de um ano, indicou na semana passada que os seus preparativos para uma contra-ofensiva estavam a ser finalizados.
Neste domingo, o governador da região russa de Briansk, que faz fronteira com a Ucrânia, referiu que um bombardeamento ucraniano que visou uma vila russa causou quatro mortos e dois feridos.
No sábado, um ataque aéreo com um ‘drone’ provocou um incêndio num depósito de combustível no porto de Sebastapol, na Crimeia, segundo as autoridades da península anexada pela Rússia.
Colapso do regime
A corrupção endémica na Rússia e entre os seus militares é insustentável – e, com o tempo, inevitavelmente originará o colapso do regime.
A indicação apareceu neste domingo no jornal The Telegraph. Hamish de Bretton-Gordon, oficial do Exército britânico durante 23 anos e antigo comandante de um departamento da NATO, considera que “o Estado gangster de Putin está a sangrar as suas forças”.
O especialista em armas químicas reforça que a Rússia de Vladimir Putin é “espetacularmente corrupta”, com desvios de fundos do Estado para os seus alados e oligarcas, “bem como para o seu próprio bolso”.
Foi uma corrupção sistémica que “fortaleceu o seu controlo do poder”, mas na guerra na Ucrânia essa criminalidade está a prejudicar o exército russo: a enfraquecer “lenta mas constantemente” a capacidade russa de travar uma guerra e a “corroer a capacidade de Putin de controlar” a situação.
“Apesar das aparências, a invasão russa ainda está a desmoronar-se – literalmente, no caso de alguns veículos e equipamentos navais mal conservados – como resultado directo da podridão no coração do Kremlin”, escreve o especialista em armas químicas.
Bretton-Gordon acredita que há tanques russos que estão a ser sabotados por elementos do próprio exército russo.
“Como ex-soldado, continuo certo de que essa podridão inevitavelmente privará os russos da vontade de lutar. Os soldados mais fortes que restam para o Kremlin são os criminosos que saíram das prisões russas para lutar com o mercenário Grupo Wagner”.
“Os gangsters de Putin pilharam o seu próprio país, normalizaram a corrupção nas fileiras militares e, ao fazê-lo, condenaram-se à derrota”, avisa.
“Para aqueles que pensam que a Rússia ainda pode convocar uma onda imparável de homens e material como na II Guerra Mundial, pense novamente”, apela.
A corrupção na Rússia estará a ajudar a Ucrânia.
Ataque em Pavlograd
Um ataque russo com mísseis, hoje, contra a cidade de Pavlograd, na região da Ucrânia de Dnipro, causou mais de 30 feridos, entre os quais crianças, anunciaram as autoridades ucranianas, noticia a Europa Press.
Segundo aquela agência de notícias, o governador da região de Dnipro, Serhiy Lisak, indicou na sua conta pessoal da rede Telegram que “34 pessoas foram feridas por um ataque com mísseis”, referindo que entre as vítimas há cinco menores, um deles uma rapariga de oito anos.
Lisak acusou a Rússia de estar “novamente em guerra com pessoas pacíficas”, e lamentou a “noite trágica” em Dnipropetrovsk.
O governador adiantou ainda que a defesa aérea ucraniana conseguiu intercetar sete mísseis russos mas o ataque, disse, atingiu uma zona industrial, provocando um incêndio.
“Nas zonas residenciais, foram atingidos 19 edifícios de vários andares, 25 casas particulares, seis escolas e pré-escolas e cinco lojas”, afirmou.
No entanto, garantiu, “todos os serviços estão a funcionar nas zonas afetadas”.
Horas antes, as autoridades ucranianas tinham lançado um alerta geral devido à ameaça de ataques russos em várias partes do país.
As sirenes tocaram nas regiões de Sumy (norte), Poltava, Kharkov (leste), Dnipropetrovsk, Zaporiyia, Donetsk, Nikolaev, Kherson e Odessa (sul), informou a agência noticiosa ucraniana UNIAN, citada pela Europa Press.
ZAP // Lusa
Não sei da corrupção, mas é tendenciosa a apresentação da notícia sobre o Pavlograd. De acordo com as fontes ukranianas e russas, o bombardeamento russo atingiu, em primeiro lugar, duas estações de caminhos de ferro usadas para fornecer apoios à batalha em Bakhmut e acumular o armamento com a vista da futura contra ofensiva. Foram atingidas armazens de misseis e proiecteis para canhões. Haviam também notícias que além desses foi atingida uma grande fábrica da armamento que ainda nos tempos sovieticos estava a produzir os elementos de combustivel sólido para os misseis balísticos e, pelos vistos, estava a ser utilizada ainda hoje para acumulação de materiais explosivos. Todos alvos militares, portanto. Isto causou uma série de grandes explosões e espalhou os fragmentos a arger pela cidade resultando em danos às estruturas civis e ferridos entre a poipulação que, obviamente, são sempre lamentável. Por outro lado, podemos perguntar porquê é que isto tudo foi armazenado numa cidade?
Calado és um poeta…
Faz negação apresentando provas. Mas escusas de copiar frases requentadas, porque se é apenas isso que te vem à mente, és uma pobreza mental. tens portanto todo o painel para apresentares provas. Porque o mais difícil num ser humano é aceitar a contraditório de alguém, quando existem ideias fixas. E daí, a única coisa que jaz, é o ódio. A tua frase é = a ódio, tão só, porque pareces o Zé Lascas, um super-homem bem falante, mas basta ter alguém que o contradiga no estúdio fica calado o tempo todo. Que vergonha se é quando se é assim.
São tantos os disparates que escreves, e o teu caso é tão grave, que penso que já não és recuperável. Partindo deste pressuposto, qualquer minuto investido no teu caso não terá qualquer retorno, sendo desse modo algo a evitar num análise custo-benefício.
A Russia invadiu a Ukrania, não importa onde cairam as bombas, estão errados. O combustível de foquetes foi armazenado pela união soviética, já deveria ter sido retirado, de fato. mas não justifica alguém soltar uma bomba em cima.
Olha-me este, a dizer que não sabe da corrupção na Russia!!!
Estes comunas, são mesmo todos uns tristes cegos…
“Não sei da corrupção” significa que não sei o suficiente para opinar. O Sr Rabbit está mais informado, pelos vistos.