Novas regras do Governo favorecem as pensões mais elevadas

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Tiago Petinga / Lusa

Ao contrário das medidas anunciadas nos últimos meses, as novas regras de cálculo das reformas não serão progressivas.

A recente atualização das regras para a atribuição de pensões vai resultar num aumento de rendimentos nos anos de 2022 e 2023. No entanto, o que é anunciado pelo Governo como um apoio extra não terá o mesmo impacto em todas as mesmas pensões. De facto, as mais altas receberão um apoio mais acentuado, numa abordagem claramente distinta da que tem sido a escolhida pelo executivo.

Nas medidas anti-crise desenhadas nos últimos meses, os apoios eram atribuídos às famílias em situações mais vulneráveis. No entanto, a alteração anunciada esta semana vai beneficiar precisamente quem recebe mais, mesmo nos escalões mais elevados.

De acordo com o Público, quem recebia uma pensão de 4000 euros mensais em 2022, por exemplo, sairá beneficiado com um rendimento superior ao normal em 1143 euros. O valor supera, em termos absolutos, o recebido pelos pensionistas com menores rendimentos, mas também o que foi dado aos não pensionistas — os quais receberam do Estado um cheque de 125 euros em outubro do ano passado.

No caso dos pensionistas com rendimentos mais baixos, estes podem até vir a ser prejudicados pela opção do Governo. Segundo a mesma fonte, caso tivessem visto as suas pensões atualizadas como previsto e não com o adiantamento, provavelmente teriam sido elegíveis para o apoio de 125 euros.

Tal iria verificar-se num pensionista com uma pensão de 300 euros que tem um apoio adicional de 85 euros, abaixo do que foi pago às restantes famílias — vale a pena lembrar que o Governo exclui os pensionistas do apoio de 125 euros pelo facto de receberem o adiantamento de meia pensão. Ainda assim, foi criada uma cláusula de salvaguarda para as situações em que meia pensão era inferior e a diferença era paga.

Desta forma, um reformado com uma pensão de 200 euros recebeu os 100 euros correspondente a metade da pensão e, posteriormente, mais 25 euros.

ZAP //

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14 Comments

  1. esta de coisa dos “remendos” e de legislar aos “bochechos” e em “cima do joelho” resulta depois no que se vê acima…
    enfim… sempre foi prática dos nossos governos reagir em vez de prevenir ou prever.
    Depois quando se reage, reage-se com a cabeça a quente e dá asneira….

  2. Afinal parece que desencantaram algum dinheiro dos tais 4 Mil Milhões de Euros em em EXCESSO na Segurança Social que lhes permite jogar com a vida, subsistência e sobrevivência de muitos Portugueses.
    Isto NÃO É GOVERNAR, é fazer da Governação um bordel

  3. Seria mais correto em vez de percentagens que quem mais ganha mais recebe; aumentar um valor fixo para todos e toda a gente tinha o mesmo aumento!

  4. Será que não é p+ossivel erradicar de vez esta raça de chupistas?
    Não votar em nada é a solução, são todos iguais.

  5. Porque não fazer os aumentos em proporção inversa (quem mais ganha tinha um aumento inferior a quem menos ganha), e assim iam-se aproximando os valores, e não como é feito, em que cada vez mais se distanciam os valores

    • Costa, vai-te catar! Não é isso que está em causa. É a dignidade humana. Ou Achas bem que o Jardim do Milenium ganhe 167 mil € mês de reforma.

        • Já percebi, que tb achas que és imortal, e que nunca trabalhaste, para perceber o que é a vida de um trabalhador que trabalha 50 e mais anos, no duro. E que muitas vezes o salário não chega para cobrir as despesas até ao fim do mês. Este verdadeiro e humilde ser humano, Desconta uma vida o estabelecido. Chegando à reforma, na maioria dos casos, doente, com uma reforma de miséria, que nem para os medicamentos chega. Vai à desintoxicação.

  6. Eles os políticos é que fazem as coisas ao jeito deles,. não temos ninguém que seja a favor dos mais desfavorecidos nem o tribunal constitucional, nem presidente que está mais para selfis. Muito lamentável.

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