Fenómeno está relacionado com um lançamento da SpaceX, no qual o foguetão da primeira fase do processo caiu para regressar à Terra.
Quem habite no extremo norte da América está habituado a testemunhar espetaculares exibições da natureza no céu. Na sua maioria, estes fenómenos ocorrem sob a forma de cortinas cintilantes de luz criadas à medida que os ventos solares colidem com a atmosfera superior.
Todd Salat, fotógrafo de profissão, decidiu esperar horas ao relento (e ao frio) para ver e registar as auroras. No entanto, no início da manhã do último sábado, perto da cidade de Delta Junction, deu de caras com um fenómeno meteorológico muito diferente de tudo o que alguma vez tinha visto.
A contrastar com um espantoso cenário de luz verde ondulante, uma espiral azul desabrochou de uma luz brilhante no horizonte norte, tornando-se maior à medida que rapidamente se mexia no céu. Algo que Salat descreveu como sendo “uma bela obra de arte no céu”, cita o Science Alert.
Felizmente, o fotógrafo estava preparado e captou algumas fotografias espantosas da espiral para que todos a pudessem admirar. Ainda assim, não se trata de um fenómeno inédito e tem até uma explicação bastante simples.
Horas antes do aparecimento da espiral, a meio continente da base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, o SpaceX lançou um foguete Falcon 9 contendo dezenas de satélites como parte da sua missão Transporter-7. Minutos após o lançamento, o foguetão, relativo à primeira fase, caiu e aterrou suavemente — o que o deixa disponível para ser reutilizado em futuras missões.
Mas de volta ao fenómeno. Com a propagação dos restos de combustível na atmosfera superior, o vapor de água nos gases congelou, dando origem a pequenos cristais refletores de luz. Embora só se possa especular sobre a causa do fenómeno, as espirais celestes parecem estar relacionadas com o lançamentos de foguetes.
No entanto, por mais espantosa que seja o cenário, nem todos parecem estar entusiasmados com ela. Os pequenos satélites que enchem o céu estão a tornar-se o pesadelo dos astrónomos, já que se espalham pelos céus e impedem uma visão total dos céus — elemento essencial para a observação e estudo do Espaço.