O suspeito da fuga da informação do Pentágono trabalhou numa base militar dos EUA. O jovem terá divulgado os documentos para tentar impressionar os amigos.
Documentos de guerra classificados com detalhes dos planos dos EUA e da NATO para fortalecer as Forças Armadas ucranianas, antes da contraofensiva planeada contra a Rússia, foram divulgados na semana passada em canais de redes sociais.
A fuga de informação confidencial teve um destino improvável ainda antes do Pentágono se ter apercebido do sucedido. As mais recentes informações apontam para um servidor “Minecraft” do Discord como o elemento chave para explicar o processo que levou à publicação online de enormes quantidades de documentos relacionados com a Defesa.
Agora, o The Washington Post avança que o responsável pela fuga de informação terá sido um jovem, racista e fanático por armas que trabalhava numa base militar norte-americana. O adolescente terá feito isto para tentar impressionar alguns membros de uma comunidade online a que pertence.
Nessa comunidade online, o jovem partilhou ainda um vídeo no qual “grita uma série de insultos racistas e antissemitas para a câmara” e depois “dispara uma série de munições para um alvo”.
Quando trabalhava na base limitar, o jovem teria acesso a documentos confidenciais. Como tal, a CNN Portugal realça que a teoria de uma eventual interferência russa perde força, uma vez que cerca de 1,25 milhões de pessoas terão possibilidade de aceder a ficheiros secretos desta forma.
O “Bear vs Pig”, nome dado ao grupo, era a versão mais secreta de um grupo maior, o Thug Shaker Central, o tal que seria liderado por pelo jovem conhecido como “OG”, explica ainda a estação televisiva.
De acordo com uma testemunha que conversou com o The Washington Post, havia partilhas com uma “visão negra do governo” dos EUA, com os membros a referirem-se às autoridades como forças repressivas.
O paradeiro de “OG” é, de momento, desconhecido, mas a testemunha diz que o jovem “parece confuso e perdido em relação ao que deve fazer”.
“Está perfeitamente consciente do que está a acontecer e de quais podem ser as consequências. Não sabe bem como vai resolver a situação”, acrescentou.