António Pedro Santos / Lusa
A receita fiscal aumentou 11,6% no conjunto do ano, o que traduz um incremento nominal homólogo de 11 mil milhões de euros”.
Em 2022, cada português pagou, em média, mais 882,5 euros em impostos ao Estado do que no ano anterior, o que totaliza um montante global de 8825 milhões de euros. O valor consta de um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), entregue ontem na Assembleia da República. A subida, destaca o Dinheiro Vivo, justifica-se com o maior contributo do IRC, IRS e IVA.
De acordo com a análise dos peritos do Parlamento, “a receita aumentou 11,6% no conjunto do ano, o que traduz um incremento nominal homólogo de 11 mil milhões de euros”, ou seja, 4,9 pontos percentuais acima do orçamentado (6,7%). Sem surpresa, este desempenho foi “determinado pela evolução da componente fiscal, que representou 80,3% do aumento total“.
Em números concretos, os cofres do Estado arrecadaram 61 870 milhões de euros, num crescimento de 8825 milhões de euros ou de 16,6% relativamente a 2021. No que respeita aos impostos diretos, como é o caso do IRC ou do IRS, a respetiva receita subiu 24,1%, ao passo que a dos indiretos, como o IVA ou o ISP, aumentou 11,8%.
Ainda de acordo com o Dinheiro Vivo, foram as receitas do IRC, o IRS e o IVA que mais contribuíram para o aumento da receita fiscal.
Ao longo de 2022, o Estado conseguiu amealhar mais 24,1% em impostos diretos, o que se traduz num aumento nominal de 6,8 mil milhões de euros. Destaque ainda para o máximo histórico cobrado pelo Estado em IRC: 8,1 mil milhões de euros.
O IVA também ocupa um papel de destaque, já que as suas receitas subiram à boleia da inflação. “A evolução dos impostos indiretos foi globalmente positiva entre janeiro e dezembro (11,8), impulsionada pela recuperação económica e pelo aumento do nível de preços, observando-se uma tendência de abrandamento a partir do segundo trimestre, para o que também contribuiu a redução temporária do ISP”.
