Ex-confidente da princesa britânica Margarida, Lady Anne Glenconner revela segredos da realeza durante o seu tempo como aia.
Lady Anne Glenconner foi dama de honra na coroação da rainha Isabel II e foi assistente pessoal da sua irmã da rainha, a princesa Margarida, condessa de Snowdon. O seu livro de memórias publicado em 2019 foi um best-seller do New York Times. Agora volta à carga com um novo livro: “Whatever Next? Lessons from an Unexpected Life”.
“Recebi tantas cartas depois de escrever o primeiro livro, a fazer-me perguntas sobre isto e aquilo […] que pensei — bem OK, vou escrever outro”, disse a monarca ao The Daily Beast sobre as suas motivações para escrever uma nova obra.
Filha do 5.º conde de Leicester, Lady Anne recorda o relacionamento abusivo que tinha com o seu marido. Esta relação tóxico é muito mais retratada no novo livro, descrevendo os abusos físicos e psicológicos sofridos às mãos de Colin Tennant.
Certa vez, o seu falecido marido chegou a pôr LSD na sua bebida. “Ele sempre foi um companheiro maravilhoso, um pai amado. Ele também era um homem incrivelmente egoísta e ocasionalmente perigoso… Vivi com violência doméstica e abuso durante a maior parte do meu casamento”, conta.
A antiga aia da princesa Margarida admite no seu primeiro livro ter tido um caso durante o casamento e disse que isso permitiu-lhe sobreviver.
“A Margarida teria-me apoiado muito, embora eu ache que ela também teria ficado um pouco surpreendida com o meu sucesso”, admite Anne.
A britânica acredita que Carlos vai ser um grande rei e recorda os tempos em que o monarca ainda era uma criança e costumava ficar em casa dela. “A minha mãe ensinou-o a conduzir e o meu pai ensinou-o a disparar”, lembra.
Lady Anne diz que nunca ouviu a princesa Margarida criticar a rainha “de qualquer maneira”, realçando que era “leal à sua irmã”.
“A única coisa que ela disse foi que gostaria de ter tido uma educação melhor. A rainha tinha tutores que vinham de Oxford e Cambridge para ensiná-la, mas tudo o que Margarida teve foi uma governanta e acho que isso a incomodava. Ela reclamou um pouco sobre isso, mas fora isso ela era completamente leal”, explica.
A antiga aia disse que parte da razão pela qual escreveu os livros foi porque estava farta de ver Margarida caracterizada incorretamente como egoísta e infeliz “por pessoas que nunca a conheceram”. Ela criticou duramente o retrato da série The Crown.