Revelada misteriosa carta de túmulo de general de Alexandre, o Grande

2

Szoszv / Wikimedia

Museu de İznik

Uma carta exposta recentemente no museu de Íznik foi traduzida e revela o luto de uma pessoa misteriosa por um general de Alexandre, o Grande.

Íznik, Niceia na Antiguidade, é uma cidade situada na província de Bursa, na Turquia. A antiga cidade foi o local onde se realizaram o Primeiro e o Segundo concílios de Niceia, respetivamente nos anos de 325 e 787.

A cidade foi igualmente a capital do Império de Niceia, o maior estado bizantino durante a vigência do Império Latino, o estado cruzado que se seguiu à ocupação de Constantinopla em 1204 durante a Quarta Cruzada. A cidade localiza-se numa bacia fértil no extremo leste do lago de İznik, cercada por montanhas no norte e no sul.

Para uma cidade que foi a capital de quatro civilizações e sugerida como Património Mundial da UNESCO, é de estranhar que só recentemente tenha aberto o seu primeiro museu próprio.

“O novo museu contém ativos culturais móveis bastante significativos”, disse o antigo diretor do museu e arqueólogo Taylan Sevil à agência local de notícias Ihlas. “Existem artefactos de muitas civilizações desde os tempos pré-históricos até o presente”.

Entre os artefactos do museu está um sarcófago do general Antígono I, de Alexandre, o Grande. Dentro dele, estava também uma relíquia ainda mais intrigante: uma antiga carta romana de luto, recentemente traduzida e exibida 2.500 anos depois de ter sido escrita.

“Eu, a triste Arete, clamo de corpo e alma do túmulo de Antígono”, lê-se na carta. “Eu puxo os meus cabelos de luto e expresso-me chorando. Essa má sorte, a morte, capturou-me em vez de emancipar esse precioso homem”.

Segundo o site IFLScience, não se sabe quem era “Arete”. O termo não é um nome, mas um antigo conceito grego que descreve “excelência” de alguma forma.

“O museu preenche uma lacuna enorme aqui”, disse Sevil. “Ele [convidará] as pessoas a testemunhar a civilização mundial”.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Concordo. No máximo uns dois mil e trezentos ou dois mil e dois mil e duzentos e tal anos.
    Mas sendo de origem romana, ainda menos antiga. Uns dois mil cento e picos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.