Miguel Reis recebeu dinheiro e móveis para beneficiar empresário

Miguel Reis / Facebook

O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis

O ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis terá aceitado dinheiro e móveis para beneficiar um empresário da área da construção civil.

Apesar de ter abandonado a presidência da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, vai aguardar julgamento sob medida de coação de prisão preventiva.

O antigo autarca é suspeito de ter sido corrompido por Francisco Pessegueiro, empresário da construção civil e filho do fundador dos Talhos Pessegueiro.

Em causa estão suspeitas de corrupção “em projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros”.

Miguel Reis foi fotografado em encontros com um empresário local – em encontros que serviriam para receber subornos, em dinheiro vivo. O empresário terá pago ao autarca contrapartidas de forma a obter prioridade e celeridade nos licenciamentos.

Segundo o Correio da Manhã, Miguel Reis foi corrompido pelo menos três vezes enquanto presidente da Câmara de Espinho. O autarca terá recebido luvas de Francisco Pessegueiro. Numa das situações, Miguel Reis terá recebido 25 mil euros e, mais tarde, terá recebido móveis para a sua casa.

Em troca, o antigo líder da autarquia espinhense terá aprovado uma obra com um piso a mais numa carpintaria ligada ao empresário.

Entretanto, após a detenção dos arguidos, o mobiliário foi apreendido pela Polícia Judiciária do Porto.

Eleito em 2021, Miguel Reis foi detido pela Polícia Judiciária na terça-feira passada, no âmbito de uma investigação por diversos crimes económicos alegadamente cometidos no licenciamento de obras.

O ex-presidente, que deixou a Câmara Municipal na quinta-feira, é suspeito de corrupção passiva e de outros crimes económico-financeiros.

ZAP //

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