Um imitador do assassino em série Ted Bundy está a aterrorizar o México

O suspeito é um homem norte-americano que seduz mulheres que trabalham em bares e mata-as. O FBI está a colaborar com as autoridades mexicanas.

A jovem de 25 anos Elizabeth Martínez Cigarroa conheceu um homem norte-americano num bar de strip onde trabalhava, em Tijuana, no México.

Os dois encontraram-se no dia dos namorados, mas quando a família nunca mais teve notícias suas, começou a ficar preocupada. O corpo da jovem acabou por ser encontrado a 17 de Fevereiro e tinha sinais de ter sofrido violência.

As autoridades mexicanas acreditam que pelo menos mais duas mulheres já foram assassinadas pelo mesmo homem, que está a ser comparado ao serial killer Ted Bundy, relata a VICE.

Tal como Bundy, o suspeito usa o seu charme para abordar mulheres vulneráveis, ganhar a sua confiança e levá-las para lugares onde as possa atacar e matar. Recorde-se que Bundy confessou ter matado pelo menos 30 mulheres e acabou por ser executado em 1989.

A polícia já sabe o nome do suspeito, mas não o divulgou publicamente por temer que isso possa pôr em causa a sua captura. As autoridades mexicanas estão a colaborar com o Departamento de Justiça dos EUA e com o FBI na investigação.

Segundo Francisco Cigarroa, irmão mais novo de Elizabeth, a irmã estava receosa quando saiu com o homem, mas decidiu avançar na mesma. O par foi visto num restaurante brasileiro e a última informação que a jovem deu à família foi de que estava a caminho de um hotel perto da praia com o suspeito.

O caso está a ser associado com o de duas outras mulheres — também eram de Tijuana, também trabalhavam em bares e foram assassinadas em circunstâncias semelhantes. As autoridades suspeitam por isto que seja o mesmo culpado por trás das mortes.

O México é uma dos países com mais femicídios em todo o mundo, tendo uma taxa superior a uma mulher assassinada por cada 100 mil mulheres, de acordo com o Observatório para a Igualdade de Género. Mais de 70% das mulheres e raparigas com mais de 15 anos no país também reportam já ter sofrido algum tipo de violência, segundo o Instituto Nacional de Estatística do país.

ZAP //

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