Quem feio ama, bonito lhe parece? A ciência deu o seu parecer

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Estudo concluiu que quanto menos atraentes as pessoas são, menos tendem a valorizar o aspeto físico em potencial parceiros. Em vez disso, focam-se em características emocionais.

A atração física é um elemento essencial de qualquer relação humana, afetando áreas como o status social, as perspetivas de empregabilidade e, naturalmente, as relações amorosas. Não será, por isso, de estranhar que os cientistas estejam especialmente fascinados com a sua influência e, sobretudo, o que torna (ou não) homens e mulheres atraentes.

No caso dos homens, a masculinidade, a simetria facial, a barba, a linha do pescoço, a altura e a juventude parecem ser fatores determinantes. Já no que respeita às mulheres, o tamanho das mamas, a simetria facial, a juventude, a discrepância da cintura em relação às ancas, o tamanho do cabelo ou dos olhos parece fazer a diferença.

Através de pesquisas recentes, os cientistas também parecem deitar por terra o conceito de que “a beleza está nos olhos de quem a vê“. De acordo com o Big Think, todos nós, independentemente da nossa própria atratividade, tendemos a ver para as outras pessoas da mesma forma, não havendo diferenças entre o que é considerado atrativo ou não.

Este foi um ponto defendido por Dan Ariely, professor de psicologia e economia comportamental da Universidade de Duke. Em 2000, Ariely e os seus colegas usaram o site HotorNot.com, uma plataforma criada no mesmo ano onde era possível submeter uma fotografia para que o aspeto físico da pessoa representada fosse avaliado e pontuado de 1 a 10 por utilizadores anónimos.

O site oferecia, desta forma, uma resposta a questões que inquietavam muitos indivíduos: “serei bonito/bonita?” Para alguns, tudo isto chegava a ser ofensivo, ainda que também um pouco viciante. Para os cientistas focados nesta área, foi ouro sobre azul. Por exemplo, Ariely usaram os dados recolhidos para perceber se a beleza de uma pessoa vai influenciar a forma como essa mesma pessoa avalia as outras. “A resposta é não, todos vemos a beleza da mesma forma“, sintetizou o cientista.

A mesma plataforma também disponibilizava uma aplicação de dating, que facilitava a conversa entre os utilizadores. Em relação a esta possibilidade, os cientistas concluíram que os utilizadores tendem a abordar apenas pessoas com rankings de beleza semelhantes aos seus.

Trata-se de uma manifestação clara de “acasalamento assortivo“, o que Ariely descreveu como sendo “a ideia de que se pegasse em [toda a gente] e os classificasse em quão atraentes são… os mais atraentes iriam namorar os mais atraentes. Os atrativos medianos namorariam alguém semelhante, ao passo que com aqueles com níveis de avaliação mais baixos aconteceria o mesmo.”

Posteriormente, Ariely também concluiu que quanto menos atraentes as pessoas são, menos tendem a valorizar o aspeto físico em potencial parceiros. Em vez disso, focam-se em características emocionais, tais como a empatia, o sentido de humor e a dedicação. Tal pressuposto parece ser boa ideia, já que as pessoas com mais beleza tendem a ter relações mais breves e menos satisfatórias, talvez porque sobrevalorizam a atratividade física dos seus parceiros em detrimento de outras características.

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