Os burlões estão a usar a PSP e GNR como isco para atrair vítimas para os seus esquemas que procuram roubar dinheiro e dados pessoais.
As burlas na internet não são um fenómeno novo, mas têm ganhado força em Portugal nos últimos tempos. Diferentes métodos são usados para tentar extorquir dinheiro ou dados pessoais às pessoas, seja através de emails, SMS ou até ligações nas redes sociais.
Depois das burlas do “Olá Mãe/Olá Pai”, da venda de vagas para atendimento no SEF ou do golpe do “abate do porco”, surge agora uma nova.
Recentemente, alguns burlões têm-se feito passar pelas autoridades, noticia o Jornal i.
“Olá. Nossos agentes detetaram uma violação do seu dispositivo, esta ação é uma ofensa passível de ação legal. Por favor, leia o anexo com atenção e responda assim que recebê-lo, caso contrário uma intimação oficial será enviada a você dentro de 72 horas”, lê-se numa mensagem enviada pela “Diretora Geral da Gendarmaria Nacional” juntamente com “Comandante-Geral da GNR, Comissário Divisional, Chefe da Brigada para a Proteção de Menores (CPCJ).
A PSP diz ter conhecimento da circulação do email fraudulento e recorda que fez um alerta nas redes sociais no passado mês de outubro.
“A Guarda Nacional Republicana (GNR) já teve conhecimento, através de denúncias que nos chegam internamente e externamente, sobre o conteúdo do email em causa, que consiste em tentar ludibriar as pessoas, levando-as a partilhar informações confidenciais, como palavras-passe ou números de cartões de crédito”, explicou a GNR em declarações ao i.
Tipicamente, a burla consiste num email ou mensagem de um amigo, organização governamental ou instituição bancária. Ao abrir, a vítima encontra “uma mensagem comprometedora”, segundo a GNR.
“A mensagem intima a vítima a consultar um website e a executar medidas imediatas para pôr termo à situação, sendo-lhe fornecido um link e posteriormente pedido que inicie a sessão com as suas credenciais de acesso”, explica a GNR.
Desta forma, a informação de registo da vítima de burla é automaticamente transferida para o criminoso. Os dados são usados para “roubo de identidade, subtrair valores às suas contas bancárias ou vender informações pessoais”.
Como forma de não cair neste tipo de burla, a GNR recomenda a que as potenciais vítimas tenham em atenção o endereço de email, verificando se contém erros ou se não condiz com aquele usado pela instituição. O mesmo deverá ser feito com o conteúdo da mensagem, procurando por eventuais erros ortográficos.